Eike entrega controle da OGX e ‘quita’ dívida de R$ 13,8 bilhões
A assembleia geral da OGPar, antiga OGX, aprovou converter em ações os R$ 13,8 bilhões de dívidas da petroleira criada por Eike Batista. Isso representa tudo o que a empresa devia antes de pedir recuperação judicial (antiga concordata), e estava previsto no plano de recuperação judicial. A decisão foi comunicada ao mercado na noite de […]
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A assembleia geral da OGPar, antiga OGX, aprovou converter em ações os R$ 13,8 bilhões de dívidas da petroleira criada por Eike Batista. Isso representa tudo o que a empresa devia antes de pedir recuperação judicial (antiga concordata), e estava previsto no plano de recuperação judicial.
A decisão foi comunicada ao mercado na noite de quinta-feira (16).
A empresa emitiu 86.255.986 novas ações ordinárias (que dão direito a voto), ao preço de R$ 160 cada. Isso “equivale” aos R$ 13,8 bilhões das dívidas. Essas ações serão distribuídas entre os credores, proporcionalmente ao que eles têm direito a receber.
Isso inclui apenas os credores que aceitaram participar da reestruturação da dívida da empresa, ou seja, aceitaram converter os valores que têm a receber em ações da OGPar. Isso inclui credores internacionais, fornecedores e o estaleiro OSX, que também pertencia ao grupo EBX, de Eike.
Com a mudança, esses credores agora passam a deter 71,43% da nova OGX. A parte restante fica dividida quase igualmente entre Eike e os acionistas minoritários. Com isso, não há mais um acionista controlador.
As novas ações serão negociadas na Bolsa sob o código OGSA3 (as ações já existentes têm o código OGXP3). Ainda não há data para o início da negociação dessas novas ações.
Foi a maior operação desse tipo já realizada na América Latina, segundo o jornal “Valor Econômico”.
Ações antigas serão agrupadas
Assim que as novas ações forem emitidas para o pagamento dos credores, as ações da OGPar que hoje são negociadas na Bolsa pelo código OGXP3 serão agrupadas: 249,44 ações vão virar uma.
Isso será feito para diminuir a diferença de preços dos dois papéis, já que, atualmente as ações em circulação estão sendo negociadas na casa dos centavos. A operação apenas reduzirá a diferença, mas não será suficiente para igualar os preços.
Na quinta-feira (16), o papel fechou cotado a R$ 0,15. A multiplicação por 249,44 daria um valor de R$ 37,42, ainda longe dos R$ 160 das novas ações.
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