Com formas improváveis, artista recria objetos sem que percam funcionalidade
O encosto da cadeira é um repolho, e roxo. A almofada de outra cadeira é feita de brigadeiros, e ainda tem de cupcakes. Já o banco de bar tem estofado de vaca e um rabo pendurado. A descrição fantástica, que mais parece objetos de filmes do Tim Burtton, são criações do artista plástico Guido Drummond. […]
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O encosto da cadeira é um repolho, e roxo. A almofada de outra cadeira é feita de brigadeiros, e ainda tem de cupcakes. Já o banco de bar tem estofado de vaca e um rabo pendurado. A descrição fantástica, que mais parece objetos de filmes do Tim Burtton, são criações do artista plástico Guido Drummond. E por mais improvável que possa parecer são usáveis.
Guido diz que com a sócia Rose Kanamura, eles aproveitam objetos que não servem mais, que perderam a utilidade e os transformam. A diferença de muitos artistas é que eles mantêm a característica funcional do objeto. “Mantenho a funcionalidade da peça, apesar de parecer improvável a cadeira é para se sentar. O sofá também. Os objetos não perdem o seu uso”, explica.
A técnica usada por ele, chamada de upcycling, consiste exatamente em agregar valor ao produto. “O processo de transformar produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade. É totalmente diferente da reciclagem, que usa energia para destruir a forma e então transformar em algo novo, de menor valor”, complementa.
Como exemplo, mostra a cadeira que perdeu um pé. “Eu peguei a cadeira e usei os livros como o pé que faltava”, diz. “Não corrijo deficiências”, enfatiza.
Artista versátil, Guido ainda brinca com as peças e faz críticas sociais compondo poemas específicos para cada uma. O banco com rabo de vaca é uma crítica à política brasileira. Denominado “Gajo esperto!”, o poema satiriza a prática comum de pessoas que ficam ‘mamando na teta do governo’.
Já a cadeira com pés de livros é uma crítica àqueles que buscam o poder e não o conhecimento. Enquanto a cadeira com almofadas de doce é uma crítica àqueles que veem defeito em tudo e não sabem apreciar as boas coisas da vida.
Poema
Grande José
Como dizia o célebre José de Alencar:
“O poder nasce do querer. Sempre que o
homem aplicar a veemência e perseverante
energia de sua alma a um fim, vencerá os
obstáculos, e, se não atingir o alvo fará, pelo
menos, coisas admiráveis.”
Por vezes faz pena os homens não estarem
sentados sobre o conhecimento!
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