Com alta no setor, especialistas no público idoso em MS dizem que não “dão conta” da demanda

Após uma pesquisa nacional, realizada nas 27 capitais pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), mostrar que o mercado especializado no público da terceira idade está aumentando, empresários e profissionais de Campo Grande, especializados em idosos, confirmam o crescimento do setor. Alguns dizem que não conseguem atender à nova demanda. O SPC informa que 4 […]

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Após uma pesquisa nacional, realizada nas 27 capitais pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), mostrar que o mercado especializado no público da terceira idade está aumentando, empresários e profissionais de Campo Grande, especializados em idosos, confirmam o crescimento do setor. Alguns dizem que não conseguem atender à nova demanda. O SPC informa que 4 em cada 10 idosos passaram a gastar mais com produtos que gostam.

De acordo com Leila Regenold, proprietária de uma agência de turismo especializada no público acima de 60 anos, as causas desse aumento é a expectativa de vida no Brasil (de 62 para 73 anos, segundo a ONU) ter aumentado, bem como a maior aceitação, por parte dos velhinhos, do rótulo de “terceira idade”.

“Antes os idosos ficavam em casa cuidando dos netos. Hoje está muito diferente, eles viajam, fazem cursos, vão a bailes, fazem atividades físicas. As vagas para os pacotes turísticos que eu vendo acabam com até 2 meses de antecedência. Não sobra nada!”, ressalta.

Leila conta que sua agência é a primeira na Capital a se especializar no público mais velho. Segundo ela, os destinos mudaram bastante quando são comparados ao passado.

“Antigamente eles queriam ir muito para Águas Quentes e para o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Atualmente, eles vão para os Lagos Andinos, Turquia e até mesmo para assistir a shows do André Rieu (cantor holandês preferido de muitos idosos) em São Paulo”, frisa.

Um outro seguimento muito procurado pelos idosos é a informática. Segundo a professora especializada em cursos de informática para idosos, Mônica Carlini, o interesse dos velhinhos pela computação é em virtude da não dependência dos parentes, bem como para espantar a solidão.

Mônica diz que só não ensina seus alunos a navegarem nas redes sociais e nos sites de bancos, por medida de segurança.

“A internet é uma boa opção para as pessoas solitárias. Eles me procuram e, por incrível que pareça, aprendem muito rápido. Tenho um aluno que com quase 90 anos que aprendeu informática com apenas 3 meses”, destaca.

O aluno citado pela professora Mônica é o ex-empresário João Pires, de 89 anos. Ele afirma que já começa a sentir o peso da idade, mas lembra que ainda está com a cabeça boa para aprender.

“Comecei a estudar informática para exercitar meu cérebro. Os médicos dizem que isso é necessário. Também gosto de viajar. Já fui a Bonito, Cancun (no México) e sempre que posso participo de excursões com outros idosos”, conta.

Nesse sentido, a presidente da Associação Bela Idade, Clarinda de Oliveira, informa que sua instituição recebe cada vez mais idosos. Ela conta que a associação oferece coral, aulas de alongamento e viagens.

“Nosso seguimento cresceu muito por causa da necessidade de companhia. A mãe fica viúva, os filhos casam e os velhinhos acabam ficando sozinhos”, acentua.

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