O Boletim de Ocorrência registrado pela Fundação Municipal de Cultura revelou que os documentos da prestação de contas que sumiram eram referentes a R$ 632.340,00, investidos no Carnaval 2014, em Campo Grande.
Quem registrou o boletim foi o diretor-adjunto da Fundac, Clarindo Cleber Gimenez, que contou aos policiais que o processo de pedido de prestação de contas referente a apresentação e shows musicais com artistas regionais e nacionais para o carnaval tinham sumido.
O registro foi feito no final de março após a saída do ex-diretor da Fundac, Júlio Cabral, já na gestão de Juliana Zorzo, que foi orientada pela Procuradoria Geral do Município a fazer o registro.
Os valores, segundo denúncia da Prefeitura de Campo Grande nesta semana, são referentes ao pagamento para a empresa Eco Vida Prestadora de Serviços Ltda, por intermediar a contratação das bandas ThimBahia, Aramaça e Company.
Tal empresa teria ganhado quase R$ 1 milhão em contratações sem licitação, por ter sido a detentora de contratos com a prefeitura na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) para a data festiva.
Um relatório, o qual o boletim de ocorrência está anexado, foi entregue ontem aos vereadores Eduardo Romero (PTdoB), Paulo Siufi (PMDB) e Chiquinho Telles (PSD). Eles ficaram de analisar os dados denunciados pela nova gestão da Fundac para subsidiar a possível abertura da CPI da Folia, para apurar os gastos com o Carnaval.
Neste sábado (10), o vereador Eduardo Romero disse que ainda não conseguiu fazer a leitura completa do relatório e devido ao Dia das Mães, os vereadores devem se reunir novamente apenas na segunda-feira.
