Artesão cria bolsas exclusivas com material reciclável e costura peças na frente dos clientes

A partir de pedaços de sacos de ráfias, malotes velhos e banner, Clayton Ambrósio, desenvolve bolsas personalizadas para seus clientes. O modelo, o tamanho da bolsa, o tamanho da alça, as cores, tudo pode ser escolhido previamente ao gosto do freguês. Em muitos casos, pode até ser confeccionada na frente do cliente. É que o […]

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A partir de pedaços de sacos de ráfias, malotes velhos e banner, Clayton Ambrósio, desenvolve bolsas personalizadas para seus clientes. O modelo, o tamanho da bolsa, o tamanho da alça, as cores, tudo pode ser escolhido previamente ao gosto do freguês. Em muitos casos, pode até ser confeccionada na frente do cliente.

É que o artesão, que iniciou as atividades em 2007, ao se inscrever em curso de confecção e customização de bolsas, costura as peças na frente dos clientes nas feiras que participa. Sem lugar fixo para expor seu material, feiras, bienais e exposições é seu local de trabalho. “Meu sonho é ter minhas peças expostas em um grande centro. Um shopping, para que todo mundo conheça e tenha acesso a esse tipo de arte. Muita gente que tem dinheiro gosta de uma moda mais alternativa”, diz, com ares de empreendedor.

Mas enquanto não tem um lugar certo para expor e fazer as peças, a produção é feita ali, na frente de quem compra. Ele conta que a ideia de confeccionar as peças ‘ao vivo’ surgiu de uma amiga e de inicio se sentia inseguro para costurar com todos olhando. Mas aos poucos ganhou confiança e pôs a ideia em prática.

O resultado não poderia ser outro senão surpresa e admiração. “Todo mundo fica olhando. Faz o maior sucesso. Todas as feiras que participo vendo tudo. E às vezes até fico alguns dias depois da feira no lugar para terminar as encomendas”, diz.

No currículo ele tem dois festivais de inverno em Bonito, dois Mercados Mundo Mix, a reinauguração da Praça Roosevelt, em São Paulo, o Fórum Social em Porto Alegre e a Bienal em São Paulo. Na mala, muitas lonas, linhas e máquina velha que foi da avó, que passou para a mãe e hoje é dele. “Acho que a costura é de família. Essa maquina foi da minha avó, depois da minha mãe e hoje costuro as peças nela”, diz, mostrando o objeto já gasto pelo tempo.

Ele conta que a máquina é guerreira, e apesar de não parecer, aguenta o tranco que os materiais pesados que ele utiliza exige. “ela costuro tudo, de lona a couro”, diz.

Calçados

Apenas os calçados são terceirizados. Outra linha de produtos desenvolvida por ele, as lonas também vão para os pés dos clientes. Os malotes velhos de bancos e urnas eleitorais s et6ransformam em sandálias, alpargatas, botinas e coturnos.

Clayton conta que o primeiro sapato desenvolvido foi uma botina para ele mesmo. “Eu andava de moto e todos os sapatos que usava estragavam. Ai fui comprar uma botina e não gostei muito. Pensei porque não fazer?”, diz.

Foi quando procurou outro artesão, este de sapatos, e trocar ideias de como tocar este novo projeto. Assim ele desenvolve a ideia, escolhe as cores, os materiais, e o amigo Valter, costura na pequena fábrica que tem em casa.

O solado dos sapatos é feito de pneus velhos. Assim, estes, como as bolsas são todos de materiais reutilizados.

Valores

O preço das peças varia de acordo com o modelo, tamanho e materiais utilizados. Clayton conta que as bolsas em ráfia, por exemplo, costuma dar de brinde aos clientes. Já as tiracolos começam a partir de R$ 65,00, mas podem chegar até R$ 150,00. A mala custa R$ 250,00 e a pochete R$ 55,00. Já as sandálias saem por R$ 60,00, as alpargatas por R$ 80,00 e o cuturno por R$ 250,00.

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