Agência de saúde britânica sugere novas alternativas contra ataques cardíacos

Médicos devem usar novos medicamentos além da aspirina para tratar problemas cardíacos comuns, de acordo com novas regras do Instituto Nacional para Saúde e Excelência Clínica da Grã-Bretanha (Nice, na sigla em inglês). Segundo o Nice, medicamentos anticoagulantes como a varfarina são mais indicados para aqueles com fibrilação atrial, que pode aumentar o risco de […]

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Médicos devem usar novos medicamentos além da aspirina para tratar problemas cardíacos comuns, de acordo com novas regras do Instituto Nacional para Saúde e Excelência Clínica da Grã-Bretanha (Nice, na sigla em inglês).

Segundo o Nice, medicamentos anticoagulantes como a varfarina são mais indicados para aqueles com fibrilação atrial, que pode aumentar o risco de um ataque.

Especialistas dizem que muitos médicos já estão fazendo isso. A indicação deverá afetar centenas de milhares de pacientes.

A fibrilação atrial, que causa um batimento cardíaco irregular, é o problema de coração mais comum e afeta até 800 mil pessoas no Reino Unido – cerca de uma pessoa a cada 100.

Com a fibrilação atrial, o coração não trabalha de maneira apropriada e podem se formar coágulos de sangue, o que aumenta o risco de um ataque.

A aspirina tem sido usada há anos para ajudar a proteger os pacientes de ataques, mas evidências sugerem que os benefícios do medicamento são muito pequenos em comparação com outros tratamentos.

As diretrizes do Nice reconhecem isso – é a primeira vez que elas são atualizadas desde que foram originalmente lançadas, em 2006.

O conselho de substituir a aspirina por um medicamento anticoagulante como a varfarina deve evitar milhares de ataques.

Outros anticoagulantes mais recentes podem ser mais adequados pois não exigem acompanhamento regular, diz o Nice.

Especialistas dizem que se a ingestão de aspirina for interrompida, o processo deve ser feito gradualmente e somente sob orientação de um médico.

O professor Peter Weissberg, diretor-médico da Fundação Britânica do Coração, disse: “Ataques causados pela fibrilação atrial são comuns e evitáveis, mas apenas se o ritmo cardíaco anormal for identificado em primeiro lugar e se medicamentos eficazes são dados para prevenir o desenvolvimento de coágulos de sangue”.

“A orientação revisada do Nice reflete o acúmulo de evidências que a varfarina e os anticoagulantes mais novos são muito mais eficazes que a aspirina na prevenção de AVCs”.

“Isso não significa que a aspirina não seja importante e eficaz na prevenção de ataques cardíacos e derrames em outras circunstâncias”.

O professor Peter Elwood, especialista da Universidade de Cardiff, alertou que pode não ser seguro parar de tomar aspirina repentinamente.

“Se o consumo de aspirina tiver de ser interrompido, ele deve ser interrompido gradualmente”, disse ele.

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