“12 Anos de Escravidão” e “Trapaça” dominam Globo de Ouro

O filme “12 Anos de Escravidão” recebeu o cobiçado prêmio Globo de Ouro de melhor drama, e “Trapaça” levou o troféu de melhor musical ou comédia, na cerimônia que abriu, no domingo, a temporada de premiações em Hollywood. Num ano com uma boa safra cinematográfica, apenas dois filmes levaram mais de um troféu. O Globo […]

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O filme “12 Anos de Escravidão” recebeu o cobiçado prêmio Globo de Ouro de melhor drama, e “Trapaça” levou o troféu de melhor musical ou comédia, na cerimônia que abriu, no domingo, a temporada de premiações em Hollywood.

Num ano com uma boa safra cinematográfica, apenas dois filmes levaram mais de um troféu. O Globo de Ouro, em sua 71ª edição, é um termômetro importante –mas inexato– para prever o principal prêmio do cinema, o Oscar, a ser entregue em 2 de março.

“Trapaça”, filme policial abordando a corrupção na década de 1970, com direção de David O. Russell, tinha sete indicações, das quais confirmou três. O modesto “Clube de Compras Dallas”, sobre um paciente com Aids, levou os prêmios de melhor ator (Matthew McConaughey) e melhor ator coadjuvante (Jared Leto).

“12 Anos…”, brutal descrição do escravagismo norte-americano, dirigido por Steve McQueen com base na história real de um homem negro e livre que é vendido como servo, recebeu apenas um prêmio, entre sete indicações. Seus atores, que estavam entre os favoritos nas respectivas categorias, saíram de mãos abanando.

Mas o troféu de melhor drama é o mais cobiçado do Globo de Ouro, e McQueen agradeceu ao produtor Brad Pitt, que faz uma pequena participação no filme, mas deu grande ajuda para sua realização.

“Sem você este filme nunca teria sido feito, então obrigado, onde quer que você esteja”, disse o cineasta.

Saíram de mãos vazias dois filmes queridinhos dos críticos, “A Propósito de Llewyn Davis”, dos irmãos Joel e Ethan Coen, e “Nebraska”, de Alexander Payne.

Leonardo DiCaprio (“O Lobo de Wall Street”) levou o prêmio de melhor ator em comédia ou musical. Amy Adams ficou com o prêmio feminino equivalente, por “Trapaça”. A melhor atriz dramática foi Cate Blanchett, por “Jasmim Azul”. Alfonso Cuarón foi eleito melhor diretor por “Gravidade”, e Spike Jonze levou o prêmio de melhor roteiro por “Her”.

Woody Allen recebeu o prêmio especial Cecil B. de Mille, pelo conjunto da obra. O cineasta de 78 anos, notoriamente avesso a esse tipo de evento, enviou a atriz Diane Keaton, sua ex-mulher, para representá-lo.

Nas categorias de TV, a aclamada série “Breaking Bad” levou o prêmio de melhor série dramática, e seu protagonista, Bryan Cranston, foi escolhido o melhor ator.

O Globo de Ouro é concedido pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, composta por cerca de 90 correspondentes na capital mundial do cinema.

Acredita-se que o burburinho em torno desse prêmio influencie o eleitorado do Oscar, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

As indicações para o Oscar serão anunciadas na quinta-feira, e quase certamente “12 Anos de Escravidão” e “Trapaça” estarão entre os indicados a melhor filme.

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