Teto de lanchonete desaba e engenheiro alerta para ‘obra por conta’

Ontem (22), durante uma reforma no prédio de uma lanchonete na Avenida Marcelino Pires, o telhado, que estava infestado por cupins e formigas desaba em Dourados – distante 225 km de Campo Grande. Segundo ele, o prédio é alugado e foi exigida pela vigilância sanitária a reforma, para melhorar a estrutura do local e assim […]

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Ontem (22), durante uma reforma no prédio de uma lanchonete na Avenida Marcelino Pires, o telhado, que estava infestado por cupins e formigas desaba em Dourados – distante 225 km de Campo Grande.

Segundo ele, o prédio é alugado e foi exigida pela vigilância sanitária a reforma, para melhorar a estrutura do local e assim voltar a atender os clientes.

“O dono do prédio disse que não tinha condições de fazer as melhorias, contei a imobiliária que poderia fazer por conta própria aos poucos conforme minhas condições, mas durante a obra, o telhado de concreto que estava sustentado por vigas de madeira cheia de cupim, não aguentou a chuva dessa semana e da reforma e desabou” contou o empresário.

De acordo com o engenheiro civil e diretor regional do Crea (Conselho Regional de Engenheiros e Agrônomos de MS), Mito Gebara, esse tipo de situação onde o dono realiza a própria obra é muito comum, porém não é recomendável.

“Até para uma pequena reforma é preciso de alvará da prefeitura, com projeto assinado por um profissional, e quando isso não acontece esse prédio ficam sem inspeção e sem acompanhamento e ocasionando acidentes e até mortes nos canteiros de obras” contou o engenheiro.

Gebara alertou para esse tipo de prática, pois um prédio como a lanchonete possui mais de 30 anos e suas estruturas estão comprometidas.

“É como se fosse um efeito dominó, quando você tira uma peça corre o risco de cair tudo ou não, e na obra é a mesma coisa se não há sustentação, tira-se uma viga e o telhado pode vir a baixo, ou uma parede ou até um prédio todo” explicou.

O engenheiro ressaltou que quando há o acompanhamento de um profissional o risco de acidente é pequeno.

“Em alguns casos como esse a economia sai cara, e o acompanhamento do engenheiro é essencial nos termos de segurança e na qualidade do serviço” conclui Gebara.

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