Sumiço de jiboia rara de US$ 1 milhão mobiliza PF e Ibama

A Polícia Federal (PF) faz buscas a uma cobra com valor estimado de US$ 1 milhão que teria sido vendido pela ex-gestora de um zoológico de Niterói (RJ) para um americano. Em 2006, a jiboia rara – que seria a única no mundo com a pele toda branca e os olhos negros – foi encontrada […]

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A Polícia Federal (PF) faz buscas a uma cobra com valor estimado de US$ 1 milhão que teria sido vendido pela ex-gestora de um zoológico de Niterói (RJ) para um americano. Em 2006, a jiboia rara – que seria a única no mundo com a pele toda branca e os olhos negros – foi encontrada em uma mata no Rio de Janeiro e levada para o zoo. O veterinário Thiago Muniz, que trabalhou no local, disse que a administradora do zoológico, Giselda Candiotto, levou a cobra para casa e depois informou que ela havia morrido. As informações são do Fantástico.

Em 2011, o zoológico foi fechado por maus-tratos aos animais. Nessa época, o Ibama constatou que vários bichos haviam desaparecido, entre eles a jiboia rara. O instituto e a Polícia Federal começaram a investigar o caso e descobriram vídeos e fotos do americano Jeremy Stone com a cobra na internet. Um dos maiores criadores de serpentes dos Estados Unidos, Jeremy veio ao Rio em 2007, segundo as investigações, para negociar a compra da cobra com a gestora do zoológico.

A transação, no valor estimado de US$ 1 milhão teria sido concluída em 2009, quando ele teria tirado o animal ilegalmente do Brasil pela fronteira de Roraima com a Guiana. Na casa de Giselda, a polícia encontrou fotos dela e do marido com Jeremy. Giselda e o marido, José Carlos Schirmer, foram presos na semana passada e vão responder por tráfico internacional de animais, contrabando e apropriação indevida.

A polícia fez uma busca na casa de Jeremy nos EUA, mas não encontrou a cobra, chamada de Princesa Diamante. Segundo a PF, ele alegou que a cobra morreu em janeiro deste ano, mas não apresentou a carcaça do animal. O pedido de prisão do americano foi solicitado pelas autoridades brasileiras. Jeremy, assim como a ex-diretora do zoológico, não quiseram comentar as acusações.

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