Prefeitura não se manifesta sobre demissão de Freire em Brasília por improbidade
Demitido pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega em publicação desta quinta-feira (31) do Diário Oficial da União, a prefeitura de Campo Grande nem o prefeito Alcides Bernal se manifestaram sobre a permanência ou não do considerado surpersecretário, que acumula duas pastas. A reportagem solicitou informações via e-mail, que não foram respondidos até o fechamento da […]
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Demitido pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega em publicação desta quinta-feira (31) do Diário Oficial da União, a prefeitura de Campo Grande nem o prefeito Alcides Bernal se manifestaram sobre a permanência ou não do considerado surpersecretário, que acumula duas pastas.
A reportagem solicitou informações via e-mail, que não foram respondidos até o fechamento da matéria. Acumulando os cargos de Secretário Municipal da Receita e Secretario Municipal de Governo e Relações Institucionais, Freire foi demitido nesta quinta por ato de improbidade administrativa e por valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem em detrimento da dignidade da função pública. Com a demissão, Gustavo Freire também enfrentará restrição ao retorno ao serviço público federal.
Cedido no dia 25 de fevereiro de 2013 para a prefeitura de Campo Grande, o então auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, que recebe com ônus para a Prefeitura e não para o órgão de origem, ficaria por um ano no cargo. Após o período, deveria ser renovado seu pedido de cedência.
Também era dever da prefeitura informar a freqüência do servidor ao trabalho ao órgão de origem. Freire foi denunciado por funcionários de não comparecer para trabalhar, acumulando pilhas de processos administrativos pela Secretaria de Receita.
O secretário foi Chefe de Equipe da inspetoria da Receita Federal do Brasil em Corumbá, onde envolveu-se em escândalos.
Freire respondia a um processo na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul por fraude na época em que atuava na cidade. Ele, um empresário e dois despachantes aduaneiros são acusados de receber e pagar propina para a liberação de cargas de uma refinaria de petróleo sem o pagamento de tributos ou marcação de mercadoria. O prejuízo à União ultrapassa R$ 1 milhão.
A fraude foi descoberta na Operação Vulcano e confirmada pela Corregedoria da Receita Federal. Os crimes aconteceram entre dezembro de 2007 e março de 2008 e os servidores recebiam R$ 200 por caminhão liberado sem incidência de tributação.
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