Padrasto do menino Joaquim em gravação: “não sei o que aconteceu

Uma gravação feita com um gravador escondido na cama da mãe e do padrasto do menino Joaguim, 3 anos, encontrado morto no interior de São Paulo, foi divulgada neste domingo pelo Fantástico. No áudio, Guilherme Longo diz a Natália Ponte que não sabe o que aconteceu com a criança. Os dois estão presos preventivamente. O […]

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Uma gravação feita com um gravador escondido na cama da mãe e do padrasto do menino Joaguim, 3 anos, encontrado morto no interior de São Paulo, foi divulgada neste domingo pelo Fantástico. No áudio, Guilherme Longo diz a Natália Ponte que não sabe o que aconteceu com a criança. Os dois estão presos preventivamente.

O aparelho foi instalado na casa logo após o desaparecimento da criança. Enquanto o casal conversava com um policial, outro instalava o equipamento na cama. Segundo o sargento da Polícia Militar João Augusto Brandão, o gravador foi utilizado porque os oficiais souberam que Joaquim era diabético e estava sem medicamento havia algumas horas. “Ele podia estar escondido em algum lugar. Precisava de medicamento, de remédio. Foi o motivo pelo qual a gente, o estado de necessidade, urgência ali, a gente ter gravado a conversa dos dois.”

“Não é possível o moleque ter desaparecido assim. O pior é que está todo mundo desconfiando de mim”, diz, na gravação, o padrasto, que afirma também ter saído na noite do desaparecimento para comprar drogas. A mãe questiona se a criança não teria saído atrás de Longo quando este saiu, mas o padrasto nega esta possibilidade. “Eu tranco tudo o portão, amor, eu tranco tudo. Você acha que, se o Joaquim tivesse saído atrás de mim, eu não ia ver?”, diz.

No final da conversa, Natália chora e Longo tenta consolá-la: “ele vai aparecer”. O promotor Marcus Túlio Alves Nicolino diz que, como a gravação não teve autorização da Justiça, não servirá como prova.

Desaparecimento

O corpo de Joaquim foi encontrado no último domingo, nas águas do rio Pardo, no município de Barretos, vizinho de Ribeirão Preto – cidade onde o garoto morava. Um exame preliminar de necropsia apontou que o garoto já estava morto antes de ser jogado no rio, segundo a Polícia Civil. A causa da morte, porém, ainda não foi confirmada.

Desde os primeiros dias do desaparecimento, as buscas foram concentradas na região do córrego Tanquinho e no rio Pardo, onde o córrego deságua. Na quarta-feira, um cão farejador da Polícia Militar realizou o mesmo trajeto ao farejar as roupas do menino e as de seu padrasto.

A Polícia Civil já havia pedido a prisão preventiva da mãe e do padrasto de Joaquim, mas a Justiça havia negado. No domingo, porém, a Justiça concedeu um pedido de prisão temporária dos dois, válido por 30 dias. O menino vivia com a mãe, o padrasto e o irmão, Vitor Hugo.

No boletim do desaparecimento registrado na Polícia Civil, a mãe relatou que acordou por volta das 7h e foi até o quarto da criança, mas não a encontrou. Em seguida, procurou pelos demais cômodos e na vizinhança, também sem sucesso. O garoto vestia uma calça de pijama com bichinhos quando foi visto pela última vez.

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