Médicos protestam contra a contratação de cubanos sem revalidar diploma

Cerca de 200 médicos protestam, na manhã de hoje no Centro de Campo Grande, contra a contratação de seis mil profissionais cubanos sem o exame de revalidação do diploma. Eles participam do “Movimento Revalida Sim”, realizado em todas as capitais neste sábado contra a decisão do Ministério da Saúde de abrir espaço para médicos estrangeiros. […]

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Cerca de 200 médicos protestam, na manhã de hoje no Centro de Campo Grande, contra a contratação de seis mil profissionais cubanos sem o exame de revalidação do diploma. Eles participam do “Movimento Revalida Sim”, realizado em todas as capitais neste sábado contra a decisão do Ministério da Saúde de abrir espaço para médicos estrangeiros.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SindMed/MS), Marco Antônio Leite, o último exame realizado para revalidar diplomas estrangeiros teve aprovação de 16% no ano passado. Este índice é muito baixo e pode comprometer o atendimento à saúde dos pacientes brasileiros, alertou o dirigente sindical.

“Somos a favor da contratação (dos cubanos), desde que melhore o atendimento e passem pelo exame do CRM”, afirmou Leite. Ele participou do ato dos médicos, que contou com concentração na Praça do Rádio e com passeata pelas ruas centrais.

Marcos Leite disse que a situação em Mato Grosso do Sul é pior devido à proximidade com a Bolívia, onde as faculdades de Medicina são mais baratas e oferecem o curso por quatro anos. No Brasil, o tempo de duração é de seis anos.

A secretária do Conselho Regional de Medicina (CRM/MS), Rosana Leite da Silva, disse que a medida do ministério é temerosa. “Estão querendo tapar o sol com a peneira”, alertou.

Ela disse que os médicos encaminham cada paciente para a realização de três exames, em média. No entanto, ele só acaba retornando seis meses depois devido ao sucateamento e falta de estrutura da rede pública do País.

O presidente do SindMed explica que não é contra a contratação dos estrangeiros, mas que os profissionais precisam ser avaliados.

O Ministério da Saúde estima que o Brasil tem um déficit de 54 mil médicos e defende a contratação de seis mil estrangeiros para suprir a demanda. A medida deve beneficiar, principalmente, cubanos, portugueses e espanhóis.

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