Greve dos Vigilantes impede abertura de bancos pelo 2º dia em Corumbá
A rede bancária de Corumbá – incluindo agências públicas e privadas – não abriu novamente nesta segunda-feira. A exceção ficou por conta do Banco Itaú, agência localizada na rua Delamare. Houve um princípio de confusão na abertura, mas uma guarnição da Polícia Militar foi chamada e a agência abriu para atendimento ao público. A razão […]
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A rede bancária de Corumbá – incluindo agências públicas e privadas – não abriu novamente nesta segunda-feira. A exceção ficou por conta do Banco Itaú, agência localizada na rua Delamare. Houve um princípio de confusão na abertura, mas uma guarnição da Polícia Militar foi chamada e a agência abriu para atendimento ao público. A razão é a paralisação dos vigilantes que cobram, das empresas de segurança, a aplicação imediata da lei nº 12.740/2012, sancionada em 10 de dezembro pela presidente Dilma Rousseff garantindo o pagamento do adicional de periculosidade de 30% para todos os vigilantes patrimoniais.
O adicional de 30% deve ser pago sobre o valor do salário-base dos vigilantes, que em Mato Grosso do Sul é de R$ 847 registrado em carteira. A lei alterou a redação do artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que regulamentava a concessão desse adicional apenas aos profissionais que exercem atividades em contato com inflamáveis, explosivos e energia elétrica. No Estado são 7,5 mil profissionais. A greve segue por tempo indeterminado.
A mobilização começou na sexta-feira (1º), quando os bancos também não funcionaram. Na manhã desta segunda-feira, nem os carros fortes abasteceram a rede bancária e isso pode causar desabastecimento até mesmo nos caixas eletrônicos. O Banco do Brasil, Caixa Econômica, HSBC, Bradesco e o Santander, já informavam às 09 horas da manhã aos clientes que não abririam.
Em Corumbá, o Sindicato dos Vigilantes tem cerca de 400 vigias parados. A categoria afirma que a greve continua até que seja firmado um acordo com as empresas. O Sindicato colocou integrantes na porta das agências bancárias, a fim de impedir que houvesse “furo” na greve. Vigilantes que não concordam com a paralisação, foram impedidos de entrar nos prédios dos bancos.
As filas já eram grandes logo cedo nas agências, pois ao saberem que a paralisação continuaria neste início de semana, muitos correram para sacar dinheiro. “Quando soube que a greve continuaria, vim ao caixa eletrônico e saquei uma quantia em dinheiro para essa semana, pois tenho criança em casa e não posso correr risco de que algo aconteça e eu fique na mão”, disse o vendedor Santiago Antunes, 41 anos.
Já Rosa Eugênia Augusta, 43 anos, tentava retirar o cartão cidadão, para dar entrada em seu seguro desemprego. “Desde sexta-feira tento retirar o cartão, mas não consegui por causa da greve. Moro longe do centro e ficar nesse vai e vem cansa, é complicado. Vou ter que esperar e só retorno ao banco quando souber do fim dessa greve”, enfatizou.
A Escola Carlos de Castro Brasil, também pode ser prejudicada pela greve dos vigias. A diretora da Escola, Jussara Bulhões, tentava retirar um extrato nesta manhã, que viabilizava a retirada de uma verba governamental que garante a manutenção da escola. “A retirada desse extrato era urgente, agora, vou ver outra possibilidade. Esse recurso garante a manutenção da escola, como compra de materiais de limpeza. O jeito é entrar em contato com o setor responsável pela viabilização da verba e encontrar outro jeito”, frisou.
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