Europol descobre rede de corrupção no futebol em mais de 15 países

A Europol, organização europeia de polícia, informou nesta segunda-feira que descobriu uma rede de corrupção internacional no futebol profissional na qual estão envolvidos mais de 15 países no mundo todo e que já realizou 50 detenções. O diretor da Europol, Rob Wainwright, informou durante uma entrevista coletiva em Haia que “foram identificados mais de 380 […]

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A Europol, organização europeia de polícia, informou nesta segunda-feira que descobriu uma rede de corrupção internacional no futebol profissional na qual estão envolvidos mais de 15 países no mundo todo e que já realizou 50 detenções.

O diretor da Europol, Rob Wainwright, informou durante uma entrevista coletiva em Haia que “foram identificados mais de 380 partidas de futebol profissional nos quais houve práticas de apostas ilegais”, e que “essa ampla rede criminosa é controlada desde a Ásia”.

Entre essas partidas “ficou provada a prática de combinação de resultados em 150 casos”, acrescentou um dos policiais que participaram da investigação.

“Realizamos a maior investigação sobre partidas suspeitas no futebol”, disse o diretor da Europol, ao mesmo tempo em que acrescentou que esses supostos delitos envolvem “enormes quantidades de dinheiro”.

Entre os países investigados figuram Alemanha, Áustria, Eslovênia, Grã-Bretanha, Hungria, Holanda e Turquia. Wainwright informou também que a Europol “emitiu 28 ordens internacionais de prisão” e outras 50 pessoas já foram detidas.

Os especialistas da Europol investigaram durante 18 meses um total de 425 jogos de futebol oficiais, assim como representantes de clubes, jogadores e criminosos que são suspeitos de envolvimento com os casos de corrupção.

Segundo as informações da organização do Serviço Europeu de Polícia, essas operações teriam dado lucro de 8 milhões de euros (R$ 21,6 milhões nos valores atuais), e essa rede teria efetuado pagamentos no valor de 2 milhões de euros (R$ 5,4 milhões) em subornos, sendo 140 mil euros (R$ 377,7 mil) o maior realizado a uma pessoa.

O diretor da Europol acrescentou que os resultados da investigação apontam “em direção a um grande problema de integridade no futebol europeu”.

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