Dengue: casa que funciona como depósito preocupa moradores do Vila Alba
No quarteirão onde está localizada a casa, difícil é encontrar morador que não tenha pegado dengue. Ou, pelo menos, um membro da família não tenha ficado doente.
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No quarteirão onde está localizada a casa, difícil é encontrar morador que não tenha pegado dengue. Ou, pelo menos, um membro da família não tenha ficado doente.
Uma casa localizada na rua Oviedo, esquina com a avenida Madri, no bairro Vila Alba, tem tirado o sono dos moradores da região. O problema é que o local está sendo usado como depósito de entulhos. E com as fortes chuvas que tem caído em Campo Grande nos últimos dias, eles estão com medo do lugar se transformar em criadouros do mosquito da dengue.
No quarteirão onde está localizada a casa, difícil é encontrar quem não tenha pegado dengue. Ou, pelo menos, um membro da família não tenha ficado doente. A psicóloga Maria Aparecida Borges, que tem a residência aos fundos da ‘casa-depósito’, conta que quase morreu por causa do mosquito. “Peguei dengue pela segunda vez este ano. A primeira foi em 2008. Estou muito assustada. Fiquei muito doente, muito mal. Tive medo de morrer”, conta.
O susto, diz ela, a fez despertar e colocar a mão na massa para resolver os problemas que a cercam. Ela fala que ligou para o CCZ (Centro de Controle de Zoonose) ir até a casa e dar um jeito na situação. Mas, até agora, apesar da visita, nada foi feito. “A casa continua cheia de entulho. Juntando água da chuva e colocando a vida de todos nós em risco. Não fizeram nada”, reclama indignada.
A preocupação não é exagero. A vizinha, Aline Beatriz Potrich, 25 anos, teve dengue hemorrágica. A jovem ficou internada e precisou até tomar remédio para evitar coceiras e não se ferir. Qualquer machucado poderia desencadear a hemorragia externa e levá-la a morte. “Minha filha teve a dengue hemorrágica na sua forma mais grave. Teve hemorragia interna. Graças a Deus os médicos conseguiram salvá-la. Foi muito grave. O médico me disse que ela estava correndo risco de morte”, lembra a mãe, Beatriz Rodrigues da Rosa, 53 anos, dona de casa.
Já longe dos dias de hospital, Beatriz diz que o medo agora é com os netos que moram com ela. Uma das crianças, filha de Aline, tem apenas um ano, a outra tem sete. “As crianças ficam comigo. Minha filha já pegou a doença. Meu filho já pegou a doença. Não dá para essa casa ficar assim, expondo todos que moram aqui”, diz.
Sem ação efetiva das autoridades, a psicóloga Maria Aparecida Borges e o aposentado Walter Lemes, começaram uma campanha para coletar assinaturas e cobrar da prefeitura uma atuação definitiva para o problema.
Outro Lado
A assessoria de imprensa da prefeitura informa que o CCZ já esteve na casa e apesar do material entulhado não foi encontrado nenhum foco de dengue. A assessoria esclarece ainda que agentes de saúde têm feito diversas visitas pela cidade e todos os locais em que são encontrados focos de dengue estão sendo notificados.
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