Casal encontra ossadas humanas espalhadas em cemitério
Casal foi ao cemitério visitar o túmulo de um parente e lá encontrou ossadas humanas espalhadas pelo Cemitério Nelson Chamma, localizado na rodovia Ramão Gomez, acesso principal à fronteira com a Bolívia, em Corumbá – distante a 444 km de Campo Grande. “Enquanto meu marido rezava em frente ao túmulo, fui caminhar e fiquei paralisada […]
Arquivo –
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Casal foi ao cemitério visitar o túmulo de um parente e lá encontrou ossadas humanas espalhadas pelo Cemitério Nelson Chamma, localizado na rodovia Ramão Gomez, acesso principal à fronteira com a Bolívia, em Corumbá – distante a 444 km de Campo Grande.
“Enquanto meu marido rezava em frente ao túmulo, fui caminhar e fiquei paralisada ao me deparar com uma calça e perceber que havia ossos de pernas dentro dela. Além disso, vários ossos estavam esparramados pelo local, como crânios, mandíbulas, partes de braços e pernas. Fiquei indignada, chocada com a situação. Se hoje há esses ossos que não sabemos de quem são, que aparentam ser de várias pessoas, amanhã pode ser de nossos parentes. É uma sensação que não desejo para ninguém”, disse a mulher.
O casal pediu para não ser identificado, porque teria sido hostilizado no local. “Quando os funcionários nos viram tirando fotos, tentaram nos barrar, um deles até nos ameaçou, quase brigou comigo. Mas, depois disso, eles pegaram os ossos maiores, colocaram no saco e foram para longe. Não queremos prejudicar o trabalho de ninguém, somente estamos revoltados, pois, não achamos digna a forma como aquela situação foi conduzida, há envolvido o sentimento de famílias e respeito com os mortos”, frisou o homem.
Procurado pela reportagem, o superintendente de Serviços Públicos da Prefeitura, Wilian Zimmi Padilha, disse que os ossos encontrados pelo casal seriam provenientes de um processo de exumação de corpos. “De tempos em tempos, a Prefeitura realiza o processo de exumação, para ser exato, os restos mortais têm o período de três anos de permanência nas covas. Após isso, os restos que não se decompõem são retirados, colocados em sacos próprios para exumação e depois, guardados no ossuário. O processo de exumação é feito de maneira mecanizada, com máquinas que abrem as covas e os coveiros então, retiram os corpos e dão continuidade ao processo. A exumação ocorre porque o Nelson Chamma é um cemitério municipal, ele cede por três anos o local para que famílias enterrem seus mortos. É esperada a decomposição e depois os ossos são encaminhados ao ossuário”, explicou.
Zimmi apontou que a exumação é uma rotina e que de qualquer forma, a denúncia feita pelos leitores do Diário levará a uma fiscalização no local. “O Nelson Chamma é dividido em áreas, que são monitoradas e a cada três anos, uma área passa pelo processo de exumação, que é natural, para dar vaga para novos sepultamentos. Entendemos que os leitores podem ter ficado chocados com a cena, pois não é comum vermos cenas de ossos, é algo que nos assusta, porém, esse é o processo de retirada dos corpos. De qualquer maneira, iremos realizar uma fiscalização e averiguar o que houve no cemitério, afinal, ocorrem de 10 a 12 sepultamentos semanais no local”, disse.
O superintendente informou que estão sendo construídas mais de 300 gavetas no ossuário para novas exumações. Há também outro projeto, mas o problema é o custo para executá-lo. “As covas subterrâneas poderão abrigar seis corpos em apenas um espaço. Além disso, ele irá possibilitar que a exumação seja feita de forma manual, com mais facilidade, sem que ocorra a situação flagrada pelos leitores. O enterro será mecanizado, dando além de segurança, maior dignidade, qualidade e ordem ao local onde as famílias sepultam seus entes”, concluiu. A construção desse sistema tem custo orçado na faixa de 7 mil reais por cova.
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