Ataques suicidas a escola iraquiana e a peregrinos xiitas matam 29

Um militante suicida conduziu um caminhão carregado de explosivos para o pátio de uma escola primária no norte do Iraque e, em uma ação suicida, causou a explosão que matou 14 crianças e o diretor da escola no domingo, informaram a polícia e fontes médicas. Outro homem-bomba atacou um grupo de peregrinos xiitas a caminho […]

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Um militante suicida conduziu um caminhão carregado de explosivos para o pátio de uma escola primária no norte do Iraque e, em uma ação suicida, causou a explosão que matou 14 crianças e o diretor da escola no domingo, informaram a polícia e fontes médicas.

Outro homem-bomba atacou um grupo de peregrinos xiitas a caminho de um santuário em Bagdá, matando ao menos 14 pessoas e ferindo mais de 30, algumas delas gravemente, segundo a polícia.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelos atentados, mas as táticas usadas apontam para a sunita Al Qaeda, que vê os xiitas como não-crentes e tem recuperado seu impulso neste ano.

“Poças de sangue, sapatos e carne estão cobrindo o chão”, disse um policial no local da explosão em Bagdá, ocorrida no aniversário da morte de um imã xiita. Mulheres e crianças estavam entre as vítimas, disse o policial.

Mais de 6.000 pessoas foram mortas em todo o país este ano, de acordo com monitoramento do grupo Iraq Body Count, revertendo um declínio na violência sectária, que teve seu clímax em 2006-07.

O ataque na escola primária ocorreu após um bombardeio suicida, minutos antes, em uma delegacia de polícia na mesma cidade, Tel Afar, cerca de 70 km a noroeste da cidade de Mosul, reduto de sunitas islâmicos e outros insurgentes. Não houve vítimas no ataque delegacia.

A maioria dos moradores de Tel Afar são da minoria xiita Turkman do Iraque, que nos últimos anos tem sido alvo de assassinatos e sequestros.

“As impressões digitais da Al Qaeda são claras em ambos os ataques”, disse um funcionário da cidade que não quis ser identificado .

A filial iraquiana da Al Qaeda foi contida em 2007, após uma ofensiva conjunta de tropas dos EUA e tribos sunitas. Mas o grupo ressurgiu este ano, revigorado pelo ressentimento crescente com o governo xiita do Iraque, que a minoria sunita do país acusa de marginalizar sua seita minoritária.

Em um comunicado divulgado no domingo, o enviado da ONU para o Iraque Nickolay Mladenov pediu aos líderes políticos, religiosos e civis a trabalhar com as forças de segurança para deter a onda de derramamento de sangue.

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