Após pedir fim de guerra, papa Francisco recebe carta do ditador sírio

O papa Francisco recebeu neste sábado uma carta do ditador da Síria, Bashar al-Assad, após o pontífice ter se pronunciado sobre o fim da guerra civil no país na quarta (25), em mensagem de Natal. A mensagem foi entregue durante uma visita de uma delegação do regime sírio. O conteúdo da carta não foi divulgado. […]

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O papa Francisco recebeu neste sábado uma carta do ditador da Síria, Bashar al-Assad, após o pontífice ter se pronunciado sobre o fim da guerra civil no país na quarta (25), em mensagem de Natal. A mensagem foi entregue durante uma visita de uma delegação do regime sírio. O conteúdo da carta não foi divulgado.

Segundo o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, Francisco se reuniu com o ministro de Estado sírio, Yousseff Sweid, e com o ex-embaixador do país árabe para a Santa Sé Hussam Edin Aala. Os dois informaram o pontífice sobre a postura do regime sírio no conflito.

A entrega da carta aconteceu após o papa ter dedicado atenção especial ao conflito na primeira bênção “Urbi et Orbi” de seu pontificado. “Sigamos rezando ao Senhor para que o amado povo sírio se veja livre de mais sofrimentos e as partes em conflito ponham fim à violência e garantam o acesso à ajuda humanitária”.

A questão síria havia sido abordada por Francisco também na audiência privada que manteve no Vaticano com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 25 de novembro, na qual ambos apostaram pela via da negociação, que inclua às distintas facções étnicas e religiosas, para conseguir uma solução pacífica.

O líder russo agradeceu ainda ao pontífice pela carta que enviou por ocasião da cúpula do G20 de São Petersburgo em setembro passado para pedir que se evitassem “soluções militares” na Síria, um dos conflitos armados atuais sobre os quais Francisco mais opina.

De fato, no dia 7 de setembro, Francisco presidiu uma vigília de oração na praça de São Pedro do Vaticano para pedir paz na Síria, em uma jornada de jejum convocada seis dias antes durante a reza do Ângelus a fim de promover um exame de consciência sobre o compromisso para evitar os estragos da guerra.

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