Agência nuclear da ONU chega ao Japão para inspecionar Fukushima
Especialistas da ONU chegaram ao Japão nesta segunda-feira para avaliar o desmonte da usina nuclear de Fukushima e o progresso da empresa operadora do local na remoção dos bastões de combustível do edifício destruído de um reator, assim como a mitigação dos vazamentos de água radioativa. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão regulador […]
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Especialistas da ONU chegaram ao Japão nesta segunda-feira para avaliar o desmonte da usina nuclear de Fukushima e o progresso da empresa operadora do local na remoção dos bastões de combustível do edifício destruído de um reator, assim como a mitigação dos vazamentos de água radioativa.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão regulador da ONU para energia nuclear, conduz a segunda supervisão dos planos para a desativação da usina, que pode levar até quatro décadas, após o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl em 1986.
A usina de Fukushima Daiichi, localizada 220 quilômetros a norte de Tóquio, foi danificada por um enorme terremoto seguido de tsunami em março de 2011. Mais de 150 mil moradores foram retirados de suas casas nos arredores.
Durante uma supervisão em abril, a AIEA criticou os esforços de limpeza realizados pela operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co, dizendo que o plano tinha prazos irreais e pedindo por uma abordagem mais abrangente para lidar com a água contaminada.
Desde então o governo, acadêmicos e outros especialistas se revezaram em criticar a empresa, conhecida como Tepco, por uma série de vazamentos de água contaminada. A companhia soube em julho que água radioativa estava vazando para o Oceano Pacífico, provavelmente desde o desastre.
“Continua a haver um significativo incômodo sobre a revelação de várias questões acerca da usina de Fukushima, incluindo a questão da contaminação da água que chega ao Oceano Pacífico, apesar do crescente envolvimento do governo nas ações de limpeza”, disse o fundador da consultoria energética Mathyos Japan, Tom O’Sullivan.
Uma equipe de 19 especialistas da AIEA e outros órgãos vai visitar a usina na quarta-feira e avaliar o processo de remoção do combustível no reator número quatro, assim como a gestão da água contaminada. A inspeção está marcada para terminar em 4 de dezembro.
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