Suspeita de corrupção e autoritarismo derrubam cúpula do PMN em MS

A direção nacional do PMN destituiu, nesta quarta-feira (20), o comando regional e municipal do partido em Mato Grosso do Sul. A decisão, segundo a nova presidente estadual, Ritva Vieira, levou em conta o descumprimento de diretrizes determinadas pela cúpula nacional e suspeita de corrupção. “A direção nacional deixou claro que o rumo do partido […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A direção nacional do PMN destituiu, nesta quarta-feira (20), o comando regional e municipal do partido em Mato Grosso do Sul. A decisão, segundo a nova presidente estadual, Ritva Vieira, levou em conta o descumprimento de diretrizes determinadas pela cúpula nacional e suspeita de corrupção.

“A direção nacional deixou claro que o rumo do partido em Campo Grande seria decidido em colegiado, mas o presidente regional, Adalton Garcia, e a municipal, Iara Costa, sem consultar ninguém, anunciaram apoio ao PMDB”, relatou Ritva.

A decisão, segundo ela, não atendia ao anseio da maioria dos filiados. “Com o PMDB, a gente seria só mais um e dificilmente poderíamos lançar os nossos 35 pré-candidatos a vereador”, frisou. 

Revoltados com o autoritarismo da cúpula, na semana passada, um grupo de filiados denunciou a falta de democracia à direção nacional do PMN. “Assim que tomou pé da situação, a nacional passou a monitorar o caso e, ontem à noite, decidiu destituir as direções e nomear uma comissão provisória”, contou Ritva. O novo comando do partido foi registrado nesta quarta no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Para piorar a situação, existe suspeita de corrupção por parte da antiga direção do partido. A desconfiança é de que Adalton e Iara teriam recebido dinheiro para entregar o PMN ao PMDB, do pré-candidato a prefeito Edson Giroto (PMDB). “Ouvimos de muita gente isso, mas não temos como provar”, ponderou Ritva.

PMN apoiará Azambuja

Sob nova direção, o PMN decidiu apoiar a pré-candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). “Dele recebemos a garantia de ter as mesmas condições de trabalho dos demais candidatos a vereador”, explicou Ritva.

Ela frisou ainda que ao lado do tucano o partido se sentiu valorizado. “Sabemos que com o PMDB o tratamento seria diferenciado, alguns teriam privilégios e outros, não”, comentou.

Indagada sobre o projeto de candidatura própria, divulgados anteriormente por Adalton e Iara, Ritva disse se tratar apenas de “uma manobra para angariar apoio dos correligionários”.

Sobre o futuro do PMN, diante da troca súbita de comando, a nova presidente admitiu ser uma “tarefa árdua” reorganizar a legenda, mas não demonstrou desânimo. “Realmente é mais um obstáculo, mas a gente vai correr contra o tempo para registrar nossos candidatos e ir às ruas mostrar nossas propostas”, prometeu.

Conteúdos relacionados