Reforma política deverá ser votada até o final do ano
O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que pretende retomar o processo de votação de seu relatório ainda nesta semana. Segundo ele, a proposta deve ser votada pela Câmara até o final do ano e pelo Senado no primeiro semestre do ano que vem. O relatório apresentado pelo deputado […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que pretende retomar o processo de votação de seu relatório ainda nesta semana. Segundo ele, a proposta deve ser votada pela Câmara até o final do ano e pelo Senado no primeiro semestre do ano que vem.
O relatório apresentado pelo deputado em janeiro deste ano é polêmico e não foi votado na comissão especial por falta de consenso. Os integrantes da comissão divergiram, por exemplo, sobre como colocar em votação a proposta de instituir o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais.
Financiamento público
A mudança no sistema de financiamento das campanhas eleitorais no Brasil é o tema mais polêmico da reforma. Pela proposta, os candidatos ficariam proibidos de captar recursos privados para suas campanhas. Para o relator, essa medida acaba com a dependência cada vez maior que o sistema político tem do poder econômico.
“Existem candidatos que se beneficiam do abuso do poder econômico, existem setores da sociedade que têm interesse em manter o financiamento privado porque um Parlamento menos independente, mais ao sabor de suas pressões”, argumenta Fontana.
Para a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), essa medida corrige distorções do sistema partidário brasileiro. “É até uma questão de ética: o abuso do poder econômico passa por essa questão do financiamento de campanhas. Estabelecer o financiamento público exclusivo é cortar o mal pela raiz”, argumenta.
Quem é contrário ao financiamento público exclusivo afirma que a medida não acaba com a participação de dinheiro ilegal nas campanhas, o chamado caixa dois – ao contrário: poderia até estimular essa prática.
“Muitos pegarão dinheiro do Estado e vão continuar praticando caixa dois. Além disso, é um modelo que só funciona se conjugado à lista fechada de candidatos – senão, como saber quem vai ganhar quanto?”, questiona o deputado Sandro Alex (PPS-PR).
Na opinião do cientista político David Fleischer, o financiamento público poderia resolver o problema de “caixa dois” se a Justiça Eleitoral tivesse poderes e recursos, humanos e financeiros, para fiscalizar os gastos de campanha. “Hoje não é esse o caso. A Justiça Eleitoral está com muita dificuldade para obrigar os candidatos a abrir as contas.”
O cientista político Cristiano Noronha concorda. “Se a Justiça Eleitoral tivesse instrumentos para fiscalizar e punir, não haveria necessidade de haver financiamento público de campanha. A Justiça Eleitoral, estando bem preparada, pode fiscalizar independente da origem do dinheiro.”
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio de Campo Grande
- Semadur admite que constatou irregularidades em bar que virou pesadelo para moradores no Jardim dos Estados
- Dono de espetinho preso por vender carne em meio a baratas e moscas é solto com fiança de R$ 1,4 mil
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
Últimas Notícias
Filha de Neymar, Helena é hospitalizada e mãe fica desesperada: “Sem chão”
Amanda Kimberlly contou que a pequena Helena, sua filha com Neymar Jr, está hospitalizada; saiba detalhes da situação da menina
Organizações civis pedem mudanças nas regras para IA na Câmara
Projeto foi aprovado de forma simbólica no Plenário do Senado Federal
Crise na polícia penal tem diretor afastado do semiaberto da Gameleira em Campo Grande
Estopim para afastamento de diretor ocorreu após atraso de saída de presos para o trabalho
Acidentes de trânsito lotam Santa Casa e hospital tem 6 vezes mais pacientes que sua capacidade
Cenário pode ficar ainda mais grave, já que, neste período do ano, há aumento de traumas
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.