PR decide boicotar Dilma nos programas de rádio e TV

Para forçar uma negociação com o Planalto, o PR não fará nenhuma menção ao governo da presidente Dilma Rousseff nas 40 inserções de 30 segundos do partido que serão divulgadas nos meses de maio e junho. Uma reunião ontem da direção nacional com os presidentes regionais do partido decidiu que todo o conteúdo será preenchido […]

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Para forçar uma negociação com o Planalto, o PR não fará nenhuma menção ao governo da presidente Dilma Rousseff nas 40 inserções de 30 segundos do partido que serão divulgadas nos meses de maio e junho. Uma reunião ontem da direção nacional com os presidentes regionais do partido decidiu que todo o conteúdo será preenchido apenas por representantes locais da legenda. No ano passado, ainda no governo, o PR destinou sua propaganda ao governo federal.
Em termos de apoios eleitorais, qualquer que seja o lado que o PR optar no Congresso – se oposição, governo ou independência – ficou acertado com os presidentes regionais do partido que na disputa municipal de outubro não haverá privilégios ao PT. “O partido fará coligações e alianças com legendas que nos oferecerem espaço. Porque é na eleição municipal que começamos a montar a base da eleição de 2014, quando garantimos nosso tempo de propaganda na TV e no rádio”, disse Alfredo Nascimento, senador, ex-ministro e presidente do partido.
Ele lembrou que o PR tem hoje um bom tempo na propaganda política em todo o País e em São Paulo (um minuto e trinta e cinco segundos por bloco). A tendência hoje é que fique com Gabriel Chalita (PMDB) ou com José Serra (PSDB).
Na reunião realizada ontem, o partido decidiu ainda que entre o fim deste mês e o início de abril decidirá qual posição terá em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff. Por enquanto, o Senado pratica o que os senadores chamam de “oposição independente”; os deputados, um “apoio independente”.
De acordo com Nascimento (AM), não haverá posição dúbia a partir de abril. Antes, ele vai ouvir os dois lados. E aguardar possíveis acenos do governo para que o PR volte à base de apoio da presidente Dilma Rousseff. “Posso dizer que a interlocução está um horror”, afirmou Nascimento. Segundo ele, se o governo quiser conversar, terá que procurá-lo, por ser o presidente da legenda. O PR tem 7 senadores e 36 deputados. O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (AM), procurou ontem o líder do PR, Blairo Maggi (MT), e abriu negociações.

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