Menos de 1% dos postos da capital paulista tem gasolina para vender, diz sindicato

Os motoristas da capital paulista enfrentam problemas para abastecer os veículos em função da paralisação dos distribuidores de combustíveis, que começou na segunda-feira (5), contra a restrição de circulação de caminhões. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, menos de […]

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Os motoristas da capital paulista enfrentam problemas para abastecer os veículos em função da paralisação dos distribuidores de combustíveis, que começou na segunda-feira (5), contra a restrição de circulação de caminhões.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, menos de 1% dos postos da capital paulista ainda tem gasolina para oferecer aos consumidores.

Segundo ele, o estoque de etanol deve acabar na tarde de hoje (7) e o de diesel é suficiente para abastecer os veículos até amanhã (8). Na noite de ontem (6), a Justiça determinou a suspensão da greve sob pena de aplicação de multa diária de R$ 1 milhão aos sindicatos envolvidos na paralisação.

Até o final da manhã de hoje, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) não se pronunciou sobre a decisão da Justiça. Segundo a assessoria do Sindicam, os diretores estão reunidos desde o início da manhã para decidir se suspendem o protesto e a categoria deve fazer uma assembleia à tarde para definir os rumos do movimento.

O presidente do Sincopetro declarou que, mesmo que o abastecimento volte a ser feito hoje, serão necessários de quatro a cinco dias para que a situação se normalize na capital. “Diante desses fatos, estamos fazendo um apelo ao prefeito Gilberto Kassab para que suspenda a restrição nos próximos dias a fim de acelerar a estabilização do mercado.”

 A Polícia Militar (PM) está fazendo escoltas desde ontem a caminhões-tanque que não aderiram à paralisação. De acordo com a PM, das 8h de ontem às 8h de hoje, foram realizadas 31 escoltas a caminhões que transportam combustíveis na cidade, que saem de duas distribuidoras da Grande São Paulo e abastecem serviços considerados essenciais, como prefeitura, atendimentos de emergência e aeroportos, principalmente Congonhas.

Segundo o presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, apenas 70 caminhões que transportam combustíveis saíram das distribuidoras durante todo o dia de ontem e na manhã de hoje. Todos tiveram escolta da polícia.

Outros caminhoneiros que tentaram sair das bases de distribuição sem escolta foram impedidos pelos grevistas. “Entre 50 milhões e 60 milhões de litros deixaram de ser entregues por dia por causa da paralisação”, informou Vaz.

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