Juiz refuta mandar retirar filme polêmico sobre Maomé do YouTube

Uma atriz que disse ter sido enganada para aparecer em um filme que gerou protestos contra os Estados Unidos em todos os países muçulmanos perdeu seu segundo apelo legal para forçar a retirada do vídeo do YouTube. Negando o pedido da atriz Cindy Lee Garcia, que recorreu à Justiça para que o popular site de […]

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Uma atriz que disse ter sido enganada para aparecer em um filme que gerou protestos contra os Estados Unidos em todos os países muçulmanos perdeu seu segundo apelo legal para forçar a retirada do vídeo do YouTube.

Negando o pedido da atriz Cindy Lee Garcia, que recorreu à Justiça para que o popular site de vídeos online retirasse o filme de 13 minutos, um juiz da corte federal dos Estados Unidos disse que seria improvável que ela conseguisse fazer valer suas alegações de violação de direitos autorais.

O juiz norte-americano Michael Fiztgerald, de Santa Clara, Califórnia, também cancelou uma audiência para 3 de dezembro, que ele havia marcado, sobre o pedido de Cindy.

A advogada da atriz, Cris Armenta, disse à Reuters que ela planejava apelar da decisão. O processo, aberto em setembro, cita o YouTube e sua controladora, a Google Inc., como acusados, assim como o produtor do filme.

Um pedido anterior de Cindy de uma ordem de proibição temporária contra a exibição do vídeo no YouTube já havia sido rejeitado por um juiz da Suprema Corte de Los Angeles.

O caso da atriz foi o primeiro litígio civil decorrente do vídeo, rotulado como um trailer de filme que retrata o profeta Maomé como um tolo e depravado sexual.

O vídeo provocou uma avalanche de protestos antinorte-americanos no Egito, na Líbia e em dezenas de outros países muçulmanos. O surto de violência coincidiu com um ataque às instalações diplomáticas em Benghazi, em setembro, que matou quatro cidadãos dos Estados Unidos, incluindo o embaixador do país na Líbia.

Para muitos muçulmanos, qualquer representação do profeta é considerada uma blasfêmia.

O Google se recusou a retirar o filme do YouTube, apesar da pressão da Casa Branca e de outros, embora a empresa tenha bloqueado o trailer no Egito, na Líbia e em outros países muçulmanos.

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