Jovens que postaram mensagens discriminatórias na internet prestam depoimento em Curitiba

Os dois jovens presos ontem (22), por publicar mensagens com conteúdo discriminatório em um site na internet, prestaram depoimento nesta sexta-feira (23) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. “O que eles disseram corre em segredo de Justiça, e as investigações continuam para verificar se há outros envolvidos nessa rede criminosa”, disse o agente […]

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Os dois jovens presos ontem (22), por publicar mensagens com conteúdo discriminatório em um site na internet, prestaram depoimento nesta sexta-feira (23) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba.

“O que eles disseram corre em segredo de Justiça, e as investigações continuam para verificar se há outros envolvidos nessa rede criminosa”, disse o agente federal Marcos Korem, que acompanhou o depoimento de Eduardo Rodrigues, de 32 anos, que mora em Curitiba. e Marcelo Mello, de 29 anos, residente em Brasília.

Eles foram presos em um hotel no centro da capital paranaense, acusados de divulgar mensagens de apologia a crimes de violência contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além de incentivo à pedofilia.

Segundo o agente Korem, o relatório sobre o caso será feito pelo delegado Flúvio Cardinelli, do Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos, e encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá se oferece denúncia criminal contra os dois rapazes. Enquanto isso, eles permanecem presos na sede da Polícia Federal, em Curitiba.

Eduardo e Marcelo podem responder pelos crimes de incitação e indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social, incitação à prática de crime e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente.

Uma das recentes publicações do site é dirigida a estudantes de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (UnB). Naquele que afirma ser seu último registro, o autor da mensagem diz que não é louco, que age por vingança contra os que lutam pelos direitos humanos de marginais e homossexuais e garante que não vai se suicidar.

O Conselho Disciplinar Permanente da UnB acompanha o caso e já abriu processo, que tramita de forma sigilosa. A página em que foram postadas as mensagens de conteúdo discriminatório ainda está na internet, hospedada em um provedor na Malásia.

A Polícia Federal informou que já pediu ao governo malaio a desativação da página. Segundo o agente Koren, isso deve ser feito nos próximos dias.

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