Falta de estrutura faz Hospital da Vida ser comparado com cenário de guerra, diz diretor clínico

O médico e diretor do Hospital da Vida de Dourados, Dr. Luiz Carlos de Arruda Leme, concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira ao repórter Eduardo Palomita da Radio Grande FM e falou sobre a superlotação que o hospital sofreu na tarde de ontem e comparou a unidade de urgência e emergência como um cenário de […]

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O médico e diretor do Hospital da Vida de Dourados, Dr. Luiz Carlos de Arruda Leme, concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira ao repórter Eduardo Palomita da Radio Grande FM e falou sobre a superlotação que o hospital sofreu na tarde de ontem e comparou a unidade de urgência e emergência como um cenário de guerra.

Segundo ele, o HV está sem equipamentos, materiais, medicamentos e corpo clínico suficiente para atender as 34 cidades da região, que somam aproximadamente um milhão de pessoas. “Ontem o hospital chegou ao ápice do caos, tivemos que fechar as portas do pronto socorro para não continuar recebendo pacientes” disse o médico.

Dr. Arruda explicou que há quatro anos o Hospital Evangélico assumiu a administração do HV para “facilitar” a vida do poder público, porém a falta de recursos municipais, estaduais e federais está “obrigando” o HE a devolver o hospital ao município. “Todos os órgãos públicos como as Secretárias de Saúde do Município e do Estado, MPE, MPF e também o Conselho Regional de Medicina tem conhecimento da situação caótica que está hoje no HV” declarou.

O diretor informou ainda que o contrato com o município termina no dia 31 do próximo mês e que se acaso alguns termos e cláusulas do contrato não sejam reajustados o HE não continuará administrando o Hospital da Vida. “São quatro anos sem reajuste contratual e o HV hoje possui um gasto mensal de mais de R$ 800 mil e empresa nenhuma aguenta manter esses gastos” disse.

O diretor e médico, disse que hoje o Hospital da Vida é comparado a um Hospital de campanha, montado durante as guerras, o qual não possuía estrutura nenhuma para atender os militares. “Hoje o HV é um hospital de igual de guerra, tem pessoas espalhadas por todos os corredores, faltam medicamentos, leitos nas UTIs e funcionários para atender toda essa demanda de pacientes” finalizou Arruda.

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