Falsificador de RG com foto de Jack Nicholson simulou rendimentos de R$ 2 milhões

Um falso demonstrativo de rendimentos no valor de R$ 2 milhões foi apreendido com Ricardo Sérgio Freire de Barros, 41, acusado de falsificar documentos de identidade para abrir empresas e contas bancárias em Pernambuco. Um dos quatro RGs falsos encontrados pela polícia trazia a foto do ator norte-americano Jack Nicholson, representado pelo nome de João […]

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Um falso demonstrativo de rendimentos no valor de R$ 2 milhões foi apreendido com Ricardo Sérgio Freire de Barros, 41, acusado de falsificar documentos de identidade para abrir empresas e contas bancárias em Pernambuco. Um dos quatro RGs falsos encontrados pela polícia trazia a foto do ator norte-americano Jack Nicholson, representado pelo nome de João Pedro dos Santos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ervivaldo Guerra, além dos documentos e demonstrativo de rendimentos falsos também foram apreendidos com Barros quatro cartões de crédito e 36 folhas de cheques. “Já estávamos de olho nele há três meses. Mas foi durante a tentativa de mais um golpe que os funcionários do banco estranharam a documentação que ele portava e ligaram para a polícia.”

Segundo Guerra, no documento falso ilustrado com a foto do astro havia ainda a informação de que o RG tinha sido emitido no Estado de Alagoas e que o dono da identidade não era doador de órgãos.

O suspeito foi preso em flagrante, na tarde desta terça-feira (28), quando tentava aplicar mais um golpe em uma agência bancária em Boa Viagem, bairro nobre do Recife. Com ele foram apreendidas quatro carteiras de identidade falsas que, segundo o delegado, eram usadas para abrir falsas empresas.

Com firma aberta, Barros abria contas bancárias no nome das empresas e, assim, conseguia empréstimos, cheques especiais e cartões de crédito nos bancos.

Dos quatro documentos falsos, dois tinham fotos com o rosto de outras pessoas, entre elas a do astro de “Os Infiltrados”, “Chinatown” e “Um Estranho no Ninho”. Essas identidades com fotos diferentes eram apresentadas como sendo de seus “sócios” nos negócios.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional. O site americano “Mirror” publicou um texto no qual afirmava que um excêntrico brasileiro provavelmente errou ao desrespeitar a primeira regra na falsificação de documentos: não se passar por um astro de primeira linha de Hollywood. Também o canal de TV americano CNN e o site do jornal britânico “Daily Mail” comentaram o assunto durante esta quarta-feira.

Barros foi encaminhado ao Cotel (Centro de Observação e Triagem Prof. Everardo Luna) e será indiciado pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. A pena prevista em caso de condenação é de até nove anos de prisão.

 

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