Dólar cai a R$ 1,78 e tem menor valor em dois meses

O dólar comercial registrou queda pelo segundo dia seguido nesta terça-feira (17), refletindo o maior apetite por risco no exterior após dados melhores que o esperado sobre três das principais economias do mundo, que aliviaram as preocupações com a crise de dívida na Europa.

Na avaliação do consultor financeiro da PreviBank Jorge Lima, o dólar perdeu valor por conta de “todo um contexto positivo” no exterior, que beneficiou ativos considerados de maior risco, como ações, commodities e moedas de maior rendimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China, segunda maior economia mundial, avançou 8,9% no quarto trimestre ante o mesmo período do ano anterior, ligeiramente acima da taxa de 8,7% prevista por economistas.

A China é o maior consumidor mundial de matérias-primas, e os dados melhores impulsionaram o petróleo e moedas ligadas a commodities, como os dólares australiano e neozelandês, de perfil semelhante ao real.

Números mais fortes de confiança na Alemanha e de atividade industrial nos Estados Unidos também favoreceram o bom humor.

Na quarta-feira, o destaque da agenda brasileira será a decisão de política monetária, com o Banco Central devendo mais uma vez cortar a Selic -taxa básica de juros, hoje em 11%- em 0,5 ponto percentual, segundo pesquisa da Reuters.

O BC também divulgará os números do fluxo cambial na segunda semana de janeiro. Há expectativas de que os ingressos tenham se fortalecido, após o anúncio de uma série de captações por parte de empresas domésticas e pelo próprio governo nos últimos dias.

Nesta terça-feira, o Itaú Unibanco deu mandato a três bancos para coordenar a reabertura de seu bônus subordinado de 2021, com uma captação externa de até US$ 500 milhões.

Na primeira semana do mês, o saldo cambial ficou negativo em US$ 707 milhões.

Com informações da Reuters.