Comerciantes reclamam que vendas caíram com antecipação de obras na Júlio de Castilho

Eles alegam que se o fechamentos dos trechos tivessem acontecido nas datas agendadas, o prejuízo teria sido contornado

Os comerciantes da avenida Julio de Castilho estão inconformados e afirmam que estão tendo prejuízos porque as obras de revitalização foram antecipadas, sem aviso prévio. Por conta da interdição – fora dos prazos combinados – comerciantes já registram até 80% de queda nas vendas. Eles alegam que se o fechamentos dos trechos tivessem acontecido nas datas agendadas, o prejuízo teria sido contornado.

Dieter Dreyer, sócio proprietário da uma loja de materiais de construção, informou que o trecho que passa em frente à loja dele também teve a programação antecipada e isso minou a estratégia que estava sendo programada. “Nosso prazo era final de 2012, início de 2013 e estávamos pensando em fazer uma campanha para avisar os clientes, alugar estacionamentos provisórios, entre outras medidas, mas fomos pegos de surpresa com a obra fechando a rua essa semana. Nesse curto período de tempo, já perdemos 30% em vendas. E olha que aqui só está começando”, afirmou.

O dono de uma revendedora de pneus, Aldenísio Segatto, foi categórico ao destacar que há uma indignação geral dos comerciantes. “Nós estamos tendo um prejuízo enorme, porque as pessoas ouvem que está interditado e nem vem para esse lado da cidade. Não temos agente de trânsito para orientar os motoristas e aqui é praticamente 100% de comércio. Além disso nossa programação foi por água abaixo, porque nem prazo para terminar tem”, enfatizou.

As obras de revitalização da avenida Júlio de Castilho estão avaliadas em R$ 19 milhões e estão previstas para serem feitas em 10 etapas. O início foi em 20 de agosto de 2011 e devem ficar prontas em 14 meses.

Outro lado

O secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), João Antônio De Marco, explicou que alguns trechos da avenida precisaram ser antecipados porque em um dos trechos havia muitos postes de iluminação e a concessionária precisou retirá-los para começar a obra. Isso acabou atrasando o início neste ponto e para não atrasar a obra toda, eles precisaram ir para outro trecho.

De Marco ainda apontou que antes do início das obras foram feitas dez reuniões, que os comerciantes e interessados foram convocados, e nestas foi avisado que a obra não seria fácil. Pois, o local é de trânsito intenso e seriam feitas várias intervenções, como: drenagem, asfalto e calçada.

“Esse desconforto, esses problemas, nós sabíamos que iriam acontecer, quando conversamos com os comerciantes falamos que seria difícil, e que os problemas imaginados por eles, seriam bem maiores, apesar de estarmos fazendo tudo para minimizá-los”.

O secretário ainda disse que a prefeitura não impede que os comerciantes, fornecedores passem pelos trechos. “Sempre preservamos o direito de ir e vir dos comerciantes”.