Com clássicos do rock, grupo Pholhas abre a Noite da Seresta de 2012
Logo mais, a partir das 19h30 de hoje (13), acontece a primeira atração do projeto ‘Noite da Seresta de 2012’, com grande show do grupo Pholhas. A apresentação da banda, que tem mais de 43 anos de história, será na Praça do Rádio Clube, avenida Afonso Pena, centro de Campo Grande. A realização é da […]
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Logo mais, a partir das 19h30 de hoje (13), acontece a primeira atração do projeto ‘Noite da Seresta de 2012’, com grande show do grupo Pholhas. A apresentação da banda, que tem mais de 43 anos de história, será na Praça do Rádio Clube, avenida Afonso Pena, centro de Campo Grande. A realização é da prefeitura, por meio da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).
Para quem gosta de uma boa música, como os clássicos do rock mundial, essa é uma grande oportunidade de ouvir sucessos de Bee Gees, Credence Clearwater Revival, Elvis Presley, Rolling Stones e Beatles. “O importante é que nossa música não é atemporal, pode passar muito tempo e continua sendo um som pra toda hora e pra todas as idades”, falou Paulo Fernandes, baterista da banda.
Para quem não conhece a história do Pholhas, é uma banda formada em 18 de fevereiro de 1969 tocando ‘covers’, sucessos principalmente das bandas inglesas e norte-americanas. “Começamos tocando Beatles, Roling Stones e foi indo. Fomos influenciado, por exemplo, pelos sucessos daquela época e pelo movimento Woodstock também. Com o tempo, fomos indo para um rock mais progressivo e não paramos mais”, lembra o fundador do Pholhas, Oswaldo Malagutti.
Woodstok foi um festival de música e artes, que aconteceu entre 15 e 17 de agosto de 1969, o mais importante festival da história do rock mundial.
O sucesso do Pholhas
O sucesso da banda ocorreu principalmente na década de 70, quando o grupo gravou o primeiro compacto, que vendeu cerca de ‘1 milhão de cópias’, algo histórico para a época. “My Mistake” foi o marco inicial da carreira dos músicos, depois veio o segundo compacto com o sucesso “She made me cry”. “Essas duas músicas e também a “Forever” são clássicos que não podem faltar em nossos shows, todos os fãs querem ouvir”, comentou Bitão, o guitarrista sessentão, 60 anos de idade, mas cheio de energia.
“A gente queria tocar e compor o tempo todo, até no de fim semana não parava. Quanto a compor, vem de dentro, a gente também escrevia muitas músicas sem parar. Aí começamos gravar e introduzir nossas próprias letras durante os shows, quando cantávamos as músicas dos grupos famosos”, recorda Paulo Fernandes, o baterista, outro sessentão (60 anos), com pique e aparência bem jovem.
A trajetória do Pholhas sempre foi marcada por letras em inglês. “Mas fizemos músicas também em português. Foi uma experiência boa, mas acredito que faltou mídia, divulgação por parte da gravadora”, citou Wagner, o Bitão.
Por que o nome Pholhas?
Os músicos precisavam tocar logo no início da carreira, antes de 1970 ainda, mas tinham que ter um nome específico pra uma determinada apresentação. “Então um amigo nosso citou ‘Pholhas’ porque a gente tinha que ter realmente uma identificação pra se apresentar naquela noite. Mas acabou ficando e pegando felizmente”, disse Oswaldo.
Oswaldo, hoje, na verdade, está substituindo o baixista João Alberto, que está fazendo um tratamento de saúde. Atualmente Oswaldo é proprietário do maior estúdio de gravação musical da Ámérica Latina, o ‘Mosh’, na capital paulista, onde já gravaram e continuam gravando artistas, como: Chitãzinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, entre muitos outros.
Os músicos falaram do sucesso dos artistas sertanejos de Mato Grosso do Sul, principalmente de Luan Santana e Michel Teló. “Funciona como uma fase, tipo uma onda, melhor dizendo. Alguns nomes surgem, fazem sucesso e depois vai vindo outra turma, e assim vai o meio artístico”, explicou Bitão.
“Hoje em dia é praticamente impossível lançar um trabalho musical e fazer sucesso se não houver divulgação, o apoio da mídia”, lembra o músico, produtor e empresário Oswaldo.
O último CD do grupo foi gravado em 2009, com título “Pholhas Forever”, com os grandes sucessos do grupo. Em 2012, para os fãs de carteirinha, podem surgir novidades, como CD e DVD inéditos do grupo. Falando em fãs, mesmo com outra formação da primeira, a banda continua fazendo vários shows pelo Brasil. O último foi no reveillon, em Fátima, na Bahia, a cerca de 200 Kms de Salvador. “Muitos pais vão com os filhos em nossos shows e essa moçada acaba virando fã do nosso som também”, contaram Oswaldo e Bitão.
O show na Praça do Rádio
Lembrando que o show do grupo estava agendado para setembro do ano passado, mas foi adiado devido ao mau tempo. “Mas hoje o tempo vai colaborar sim e vamos fazer um showzaço para o pessoal de Campo Grande”, disseram os músicos.
A primeira noite da Seresta 2012 começa com os “Seresteiros locais”, depois então a atração principal da noite com o Pholhas.
Mais história do Pholhas
O grupo musical ‘Pholhas’ foi criado em 1969 com a seguinte formação: Helio Satisteban (teclado), Paulo Fernandes (bateria), Oswaldo Malagutti (baixo) e Wagner ‘Bitão’ Benatti (guitarra), com os quatro se revesando nos vocais. Começaram fazendo covers de bandas dos Estados Unidos e Inglaterra e passaram a compor também em inglês.
O primeiro LP – ‘Dead Faces’, lançado em 1972 pela RCA, chegou ao primeiro lugar das paradas em apenas três meses após o lançamento, vendendo mais de 400 mil cópias, o que rendeu o primeiro ‘disco de ouro’ da banda. Em seguida, outras canções foram lançadas em compactos, como ‘She made me cry’, ‘I never did before’ e ‘Forever’, todas com vendagem superior a 300 mil cópias. Em 1975, o álbum de estréia foi lançado no mercado espanhol e em toda América do Sul com o título de ‘Hojas’, contemplando ao grupo mais um disco de ouro.
Em 1977, o grupo lança o LP ‘O som das discotheques’, com covers dos principais sucessos do gênero, chegando a 150 mil cópias vendidas. Logo em seguida, Hélio Santisteban resolveu seguir carreira solo e em seu lugar entrou Marinho Testoni, ex- ‘Casa das Máquinas’. Isto levou a outra mudança no grupo, que lançou um disco de rock progressivo e pela primeira vez com letras em português. O disco vendeu bem menos que os anteriores, mas ganhou outro segmento de público.
Hélio Santisteban retornou ao grupo em 1980, retomando a tradição de cantar e compor em inglês, lançando então o LP ‘Memories’. Poucos meses depois, com a saída de Marinho, o Pholhas chegou à sua formação atual: Bitão (guitarra), Paulo Fernandes (bateria), Hélio Santisteban (teclados) e João Alberto (baixo). Com experiência musical, a banda acumulou premiações e conquista uma nova legião de fãs a cada show, apresentando um trabalho de qualidade comprovado por shows ao vivo por todo o Brasil e pela América do Sul.
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