Caso Eliza: para advogados, condenação é indicativo para próximo julgamento
Após a condenação dos réus Luiz Henrique Romão, por 15 anos de reclusão, e de Fernanda Castro, por cinco anos de regime aberto, houve muita movimentação no plenário do júri, no Fórum de Contagem. O julgamento de ambos terminou na madrugada deste sábado e já é um termômetro para o dia 04 de março, quando […]
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Após a condenação dos réus Luiz Henrique Romão, por 15 anos de reclusão, e de Fernanda Castro, por cinco anos de regime aberto, houve muita movimentação no plenário do júri, no Fórum de Contagem. O julgamento de ambos terminou na madrugada deste sábado e já é um termômetro para o dia 04 de março, quando os demais acusados serão julgados.
Para o advogado de Macarrão, Leonardo Diniz, o resultado foi como uma vitória para a defesa. “Ainda vamos analisar se vamos entrar com recurso. Entendemos que foi uma vitória, já que ele vai cumprir dois quintos por homicídio e um sexto por sequestro”, disse. Macarrão terá que ficar cinco anos e quatro meses na prisão e depois poderá ir para o regime semiaberto, onde o acusado pode sair para trabalhar e retornar para a cadeia à noite.
Diniz explicou ainda que a decisão do depoimento de seu cliente foi uma decisão própria. “Não houve acordo. E confissão partiu dele e beneficiou somente a ele”, afirmou.
Segundo o assistente de acusação Cidnei Karpinski, Macarrão poderá passar para o regime semiaberto em 2015, depois de ter cumprido mais dois anos e dez meses de prisão, já que ele cumpriu até agora dois anos e seis meses desde que foi preso, em julho de 2010. “A pena que ele teve no Rio de Janeiro pelo sequestro de Eliza é unificada”, disse.
O assistente da acusação, José Arteiro, deixou o Fórum de Contagem aplaudido por cerca de 100 curiosos que estavam no local. Contente, ele confirmou que realmente fez o acordo. “Eu fiz, todo mundo saiu ganhando”, finalizou.
O promotor Henry Vasconcelos voltou a afirmar que a confissão de Macarrão foi bom para ele. “Foi um julgamento justo, como eu esperava. Considero a pena razoável, dada a dosimetria que considerou a confissão de Macarrão como um atenuante – a confissão não era necessária para a acusação”, argumentou. Perguntando se Bruno terá o mesmo tratamento caso confesse, ele respondeu: “eu duvido que nós recebamos dele uma confissão”, finalizou.
Após a sentença, o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, deu gargalhadas no plenário. Depois do irônico riso ele gritou: “isso é loucura”. O defensor garantiu que vai tentar desqualificar a fala de Macarrão no júri de Bruno. “Nunca vi isso, acho loucura uma atenuante por confissão cair oito anos em uma pena. A condenação de Macarrão pra mim é linda, porque mostra que ninguém do Conselho de Sentença acreditou nele”, concluiu.
Novo personagem
O promotor Henry Vasconcelos, revelou que vai oferecer denuncia ainda este ano contra o policial civil aposentado José Laureano de Assis, o Zezé, que foi citado em pelo menos dois depoimentos como um suspeito de ter ajudado o ex-policial Marcos Aparecido do Santos, o Bola, a executar Eliza – um deles do detento Jaílson Alves de Oliveira, que teria ouvido de Bola uma confissão. No interrogatório, Jaílson disse que “o Zezé ajudou a matar Eliza”.
O assistente de acusação José Arteiro Lima já havia solicitado ao Ministério Público, ainda em 2010, a denuncia contra Zezé, que foi investigado pela Polícia Civil, mas não indiciado.
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