Termina a greve dos terceirizados em obra de termelétrica da Petrobrás de Três Lagoas

O acordo foi fechado pelo Sindicato, Federação, membros da Engecampo e pela representante da Superintendência Regional do Trabalho, em Mato Grosso do Sul, na noite desta sexta-feira (27).

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O acordo foi fechado pelo Sindicato, Federação, membros da Engecampo e pela representante da Superintendência Regional do Trabalho, em Mato Grosso do Sul, na noite desta sexta-feira (27).

A partir desta segunda-feira
(30), todos os operários da Engecampo e das demais empresas que prestam serviço
à Petrobrás nas obras de ampliação da Termelétrica Luis Carlos Prestes voltarão
ao trabalho após uma semana de greve.

Para solucionar o
impasse entre as reivindicações dos funcionários e as propostas da empresa, a
chefe do Sistema de Registro de Trabalho Temporário (SIRETT) de Mato Grosso do
Sul, Ednézia Freire Zazyki, esteve presente na Assembléia realizada na noite
desta sexta-feira (27), na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e
Mobiliário da Construção Civil de Três Lagoas (Sintricom).

A servidora veio
representando o superintendente regional do trabalho e emprego no Estado, Anízio
Pereira Tiago. A ordem para a intercessão veio diretamente da Secretaria Geral
da Presidência da República.

Acordos

Entre as reivindicações dos
operários e as propostas da Engecampo, ficou acordado o reajuste salarial de
26%; horas extras de 50% nos dias normais, 75% aos sábados e 130% nos domingos;
cesta básica de R$ 240,00.

O plano de saúde foi mantido
o mesmo, apesar dos operários terem solicitado a mudança para outro, com abrangência
nacional.

A Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Fetricom) e o
Sitricom assinaram, em conjunto, o acordo, representando os trabalhadores.

Fiscalização

Segundo a representante
da Superintendência, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) irá fiscalizar
todos os conflitos existentes nas obras do Programa de Acelaração do
Crescimento (PAC) no Estado.

“A ordem é para que a
Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul verifique se todas
as empreiteiras estão cumprindo as normas legais nas relações de trabalho. Através
da mídia, o Ministro tomou conhecimento da situação em que se encontravam os
trabalhadores da Engecampo e nos repassou essa incumbência”, explicou Ednézia.

Durante a explicação de
Ednézia sobre como seriam conduzidas as negociações, o representante da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), Luis Carlos José de Queiroz, questionou a demora
pela resolução do impasse.

“Existem companheiros
sem comer aqui há quatro dias. A Engecampo só disponibilizou alimentação para
alguns trabalhadores. Caso tudo não seja resolvido nesta Assembléia,
denunciaremos a Petrobrás pela conivência pela situação de fome e desrespeito à
vida que esta empresa está promovendo a esse pessoal”, declarou Queiroz.

Operários

Segundo os operários
vindos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para trabalhar pela Engecampo nas obras
de ampliação da Termelétrica, somente a comissão, formada por quatro dos
trabalhadores, poderia ter o nome vinculado em qualquer notícia sobre a greve.  

“Se tivermos nosso nome
citado, a Petrobrás, que é nossa principal fonte de trabalho, nos vincula como “cabeça
de greve” e ficamos por, no mínimo, cinco anos sem conseguir serviço, por
qualquer empresa terceirizadora, nas refinarias da Estatal”, explicou um dos
operários que não quis se identificar.

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