Rio Paraguai em Porto Murtinho chega a 6,20 mts, mais de três metros acima do nível normal
O rio Paraguai, em Porto Murtinho, continua subindo e nesta quinta-feira (05), já marca 6,20 metros, sendo que o nível normal é de 2,66 mts, segundo a Agência Fluvial do município, que diariamente verifica a altura do rio. A cidade que fica a 454 quilômetros de Campo Grande é banhada pelo rio Paraguai e contornada […]
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O rio Paraguai, em Porto Murtinho, continua subindo e nesta quinta-feira (05), já marca 6,20 metros, sendo que o nível normal é de 2,66 mts, segundo a Agência Fluvial do município, que diariamente verifica a altura do rio.
A cidade que fica a 454 quilômetros de Campo Grande é banhada pelo rio Paraguai e contornada por um dique de contenção, de 11 km. O rio subindo constantemente preocupa moradores ribeirinhos, pois em lugares baixos, a água do rio já inundou residências e algumas famílias tiveram que se mudar.
A cheia já é visível na Ilha Margarida, que pertence ao Paraguai e está localizada em frente a Porto Murtinho. Na ilha residem cerca de 150 famílias que vivem do comércio em geral, já que o local serve de atrativo para turistas.
Algumas residências e comércios da ilha já estão alagados. No local, as pessoas costumam construir suas casas em cima de palafitas para evitar que a cheia entre dentro das casas.
Na década de 80, Porto Murtinho sofreu com três enchentes provocadas pelas águas do rio Paraguai. Em 1979, 1980 e 1982, as águas desalojaram toda a população urbana e deu prejuízo incalculável aos moradores e ao setor público.
Depois dessas três cheias se cogitou mudar a cidade para o lugar mais alto, a sete quilômetros do atual perímetro urbano, a população na sua maioria absoluta rejeitou essa idéia através de plebiscito e a partir daí se elaborou projeto de construir uma barragem para conter as cheias.
Ao final de 1982 o governo federal através do Ministério do Interior, cujo titular era o coronel de Exercito Mário David Andreazza, arrecadou recursos e construiu um dique de proteção de 11.600 metros de extensão que tem a capacidade de suportar até 11 metros o nível do rio.
A cheia é consequência do grande volume de chuva que caiu em Mato Grosso do Sul, durante os meses de fevereiro e março.
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