Presa quadrilha que fraudava esquema de pagamento de IPTU em Campo Grande
Quadrilha achava inadimplentes e dizia que o imposto poderia ser pago pela metade do preço, mas na verdade contas eram pagas com cheques sem fundos. Conclusão: o devedor perdia duas vezes – o dinheiro entregue para o bando e ainda ficava com a dívida.
Arquivo –
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Quadrilha achava inadimplentes e dizia que o imposto poderia ser pago pela metade do preço, mas na verdade contas eram pagas com cheques sem fundos. Conclusão: o devedor perdia duas vezes – o dinheiro entregue para o bando e ainda ficava com a dívida.
Um trio foi preso nesta quarta-feira, 18, por estelionato e formação de quadrilha. Tércio Moacir Brandino, 49 anos, e Ricardo Mário Mattos, 37 anos, agenciavam “laranjas” com cheque sem restrições para pagarem cópias de IPTU de terceiros, conseguidas pela internet. O problema é que as lâminas não tinham fundos suficientes para cobrir a dívida normalmente em torno de R$ 30 mil.
O delegado titular da Delegacia Especializada de Defraudações (Dedfaz), Ricardo Santos de Carvalho explica que a polícia chegou até os estelionatários porque funcionários da empresa terceirizada para a cobrança de IPTU desconfiaram que cheques com valores altos dados para quitar o imposto estavam voltando por falta de fundos. Na tarde de ontem uma funcionária atendeu José Gilberto Fragas Ferreira, 43 anos, que emitiu uma lâmina no valor de R$ 30 mil para quitar impostos de vários contribuintes.
A funcionária desconfiou e consultou o cheque, mas lá constava um saldo de apenas R$ 70,00, ou seja, insuficiente. Ela acionou a guarda municipal que o abordou. O homem acabou confessando o esquema e foi encaminhado para a polícia. Na delegacia José apontou Ricardo Mattos como seu contratante que, detido, revelou que o cabeça do esquema era Tércio Brandino. Os três estão presos.
Segundo o delegado Ricardo Carvalho, Tércio já tem várias passagens pela polícia pelo mesmo crime. Ele confessou que Mattos era seu agenciador de laranjas para pagar o IPTU.
O intermediário abordava pessoas, sempre humildes, e questionava se elas deviam IPTU. Na resposta positiva pedia pra ver quanto era e, assim, copiava o número da inscrição do documento. O estelionatário dizia que se a pessoa quisesse tinha um esquema na prefeitura para pagar com metade do preço.
Com a proposta de quitação com “desconto” a pessoa acabava repassando o valor para Ricardo. O problema é que o estelionatário pagava, recebia um comprovante de quitação e dava para a pessoa comprovando a transação. Mas, na verdade, como o cheque voltava a vítima ficava sem o montante repassado e com a dívida.
Na casa de Tércio a polícia encontrou vários carimbos falsos de cartórios de Campo Grande, documentos pessoais falsificados, computadores portáteis, HD´s externos. Tudo vai ser periciado pela Polícia. Se alguma vítima reconhecer o trio ou desconfiar que caiu no golpe pode procurar a Dedfaz, que fica na Avenida Ceará, 2146, no Prédio do Cepol.
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