Prédio da Alfândega já começa a receber limpeza para obras da UFMS
O prédio da antiga Alfândega, localizado no Porto Geral de Corumbá, começou nesta segunda-feira, 10 de janeiro, a ser limpo para receber as obras que vão transformá-lo em uma extensão do Campus do Pantanal (CPAN), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). As obras de reestruturação só não tiveram início efetivo porque três […]
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O prédio da antiga Alfândega, localizado no Porto Geral de Corumbá, começou nesta segunda-feira, 10 de janeiro, a ser limpo para receber as obras que vão transformá-lo em uma extensão do Campus do Pantanal (CPAN), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
As obras de reestruturação só não tiveram início efetivo porque três famílias ainda estão no prédio aguardando o caminhão da Prefeitura de Corumbá para a mudança. “De certa forma é triste sair desse local e ver que passei minha vida nessas condições, bem precárias. É triste porque estou desde 1974 no prédio e nele, tive meus filhos e netos. Mas, ao mesmo tempo fico contente de ver que ele terá um bom destino, que é a educação. Fico mais satisfeita ainda porque hoje tenho minha casa, um local que eu posso chamar de meu. Um local de onde ninguém vai me tirar”, comentou a dona de casa ao Diário, Berenice Sorrilha, ao ver os funcionários limpando o prédio e preparando-o para a reforma.
Berê, como é conhecida, foi contemplada, juntamente com as demais 14 famílias que moravam no prédio, com uma casa no conjunto habitacional Ana de Fátima Brites Moreira, construído no bairro Guató, dentro do projeto PAC-Casa Nova. Ela será uma das últimas moradoras a deixar a antiga Alfândega e se mudar para o novo conjunto.
O prédio da Alfândega foi doado no dia 16 de julho de 2010, para a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, conforme autorização da Portaria da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). O prédio tem área total de 7.498,80 metros quadrados, e está avaliado em R$ 564.352,79.
O documento – número 235 e datado de 14 de julho – é assinado pela secretária nacional do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Alexandra Reschke. A portaria estabelece prazo de 1 ano (a contar da data da assinatura do contrato de doação) para que o beneficiário, no caso a UFMS, cumpra os objetivos previstos para o imóvel.
Pela normatização caberá à Universidade Federal responder – judicialmente ou não – por quaisquer reivindicações que venham ser feitas por terceiros referentes ao imóvel. Além disso, deverá manter visível, no prédio, placa de publicidade informando a utilização e destinação a que a área se destina.
As obras
As obras no prédio da Alfândega estão começando agora em janeiro e a previsão é que durem 300 dias. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) destinou cerca de R$ 5 milhões, por meio do PAC das Cidades Históricas, que substituiu o programa Monumenta, para a restauração do espaço onde a UFMS vai instalar uma extensão do CPAN. As intervenções físicas estão orçadas em R$ 3,4 milhões. Serão aplicados R$ 1,3 milhão na compra de equipamentos necessários.
A UFMS pretende implantar, no local, dois novos cursos superiores na cidade; cursos de pós-graduação e mestrados. Também é trabalhado o planejamento para implantação de um curso de doutorado. Além dos cursos de graduação, o local será destinado para atividades culturais; sediará a habilitação em Dança, do curso de Educação Física; terá alojamentos funcionais; salas de videoconferência e de cinema. Este último será aberto para uso da população. Os recursos ainda serão usados para aquisição de equipamentos.
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