Homem é ameaçado de morte por suposto furto de gado

Policiais militares de Aral Moreira foram chamados à Rua 2 do distrito de Rio Verde do Sul pela indígena E. M., que denunciou funcionários da Fazenda Boa Vista, localizada naquele município, pelo crime de ameaça contra o genro da indígena, V. F. S., de 29 anos. Ela disse que o rapaz estava chegando em casa […]

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Policiais militares de Aral Moreira foram chamados à Rua 2 do distrito de Rio Verde do Sul pela indígena E. M., que denunciou funcionários da Fazenda Boa Vista, localizada naquele município, pelo crime de ameaça contra o genro da indígena, V. F. S., de 29 anos.

Ela disse que o rapaz estava chegando em casa em companhia da menor L. M. M., de 14 anos, afilhada da testemunha, quando surgiu uma camioneta Ford/F-1000, cor cinza, cuja placa não foi anotada, na qual estavam o gerente da fazenda onde o indígena trabalha, conhecido por Cláudio, e outros dois peões.

O gerente desceu armado com uma escopeta calibre 12 e os peões com pistolas, e apontaram as armas para atirar em V., dizendo que este havia roubado gado da fazenda. Nesse momento a menor entrou na frente dos homens e abraçou V., na tentativa de protegê-lo.

Segundo a indígena, Cláudio começou a gritar para a garota soltar o rapaz porque o ‘negócio’ não era com ela, mas a adolescente não obedeceu. O homem disse então que o rapaz só não ia ser morto ali por causa da menor e que era para ele ir à fazenda. Aproveitando um instante de distração do trio, V. fugiu com a menor de moto.

Os ocupantes da camioneta saíram então em perseguição ao casal, ainda segundo a mãe da menor. Vendo que seria alcançado, o rapaz desligou o farol da motocicleta e entrou no meio do mato, escondendo-se de seus perseguidores. Diante dos relatos da mulher, a PM entrou em contato com PRE (Polícia Rodoviária Militar Estadual).

Durante rondas pelo local, os policiais encontraram V. e a menor, no acostamento da rodovia, com a motocicleta quebrada devido à fuga. Questionado sobre o ocorrido, o rapaz negou tudo, dizendo que “não aconteceu nada”. A PM pediu que o casal aguardasse na residência para averiguações.

Numa ação conjunta com os policiais rodoviários, os PMs dirigiram-se à Fazenda Boa Vista, onde residem e trabalham os supostos autores, mas chegando ao local, constataram que a porteira estava fechada e aparentemente não havia ninguém no local. Não conseguiram entrar em contato com ninguém na propriedade.

Os policiais retornaram para Rio Verde do Sul para conversar com as vítimas, mas ao chegarem à casa constataram que V. havia sumido do local. Com a menor, a PM encontrou uma carta de ameaça, nela constando que se a vítima não pagasse R$ 10 mil pelo suposto gado furtado, ele seria pego pelos mesmos acusados.

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