Cidades paraguaias são rota de entrada de pneus contrabandeados no país, diz entidade
Produtos chegam pela fronteira ao mercado brasileiro pagando menos impostos e contam com a conivência de fiscais alfandegários, aponta associação de importadores. Prejuízo na arrecadação federal é estimada em R$ 15 milhões/mês
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Produtos chegam pela fronteira ao mercado brasileiro pagando menos impostos e contam com a conivência de fiscais alfandegários, aponta associação de importadores. Prejuízo na arrecadação federal é estimada em R$ 15 milhões/mês
Empresas de importação de pneus chineses praticam comércio desleal na fronteira com o Paraguai e contam com a conivência dos fiscais alfandegários. A denúncia parte da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos (Abidipa), que aponta as cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero e Cuidad del Este como principais acessos do pneu contrabandeado ou subfaturado no Brasil.
Estas cidades são notórios destinos comerciais de turistas brasileiros interessados em adquirir produtos importados a preços mais em conta do que os praticados no país. Pedro Juan Caballero faz fronteira com Ponta Porã, e Ciudad del Este, com Foz do Iguaçu (PR).
De acordo com a entidade, a cada quatro contêineres de pneus que entram no Brasil, apenas um paga os tributos para disfarçar a operação fraudulenta. O presidente da Abidipa, Rinaldo Siqueira Campos, afirma que o país deixa de arrecadar R$ 15 milhões por mês com essa prática que, segundo ele, é nociva à indústria nacional e aos importadores de boa-fé.
Como exemplo, Siqueira Campos citou uma empresa que importava três contêineres de pneus por mês. Atualmente consegue trazer 200 contêineres/mês. Cada contêiner traz entre 1000/1200 pneus, e o carregamento passa primeiro pelo porto de Montevidéu, no Uruguai.
“Existe a conivência da Receita Federal, que não fiscaliza a entrada irregular desses produtos na fronteira do Brasil com o Paraguai”, afirmou o presidente.
Apesar da alegada concorrência desleal, os pneus chineses não têm qualidade inferior ao produto nacional. “O que ocorre é que o brasileiro procura preço, e não qualidade. Há marcas pequenas, sem credibilidade no mercado, que se aproveitam disso para ganhar mercado”, diz Siqueira Campos. A maioria das importações tem como destino os grandes centros comerciais, como São Paulo.
Outro indício de concorrência desleal dos produtos chineses tem a ver com o subfaturamento de preços, visando reduzir os custos de importação. Nos casos dos pneus de alta performance, com aros de 17 a 24 polegadas, a Abidipa denuncia que importadores de má-fé chegar a subfaturar os preços em até 100%. A entidade pede ao governo federal que reveja as tabelas para concessão de licença de importação de pneus.
Outro lado
Procurada pela reportagem para comentar o assunto, a assessoria de imprensa da Receita Federal em Mato Grosso do Sul não foi encontrada nem retornou as ligações.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio de Campo Grande
- Semadur admite que constatou irregularidades em bar que virou pesadelo para moradores no Jardim dos Estados
- Dono de espetinho preso por vender carne em meio a baratas e moscas é solto com fiança de R$ 1,4 mil
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
Últimas Notícias
Trump é escolhido como a pessoa do ano de 2024 pela revista Time
Presidente eleito dos EUA repete o feito de 2016, quando também ascendeu à Casa Branca
Com horário estendido no Centro, 82% dos empresários estão otimistas com vendas de Natal
Empresários de Campo Grande esperam consumos entre R$ 101 e R$ 200 por compra
Bueiro aberto onde motociclista morreu é problema recorrente no Indubrasil
Moradores do bairro pedem por mais sinalização na avenida
Esmeralda avaliada em R$ 1 bilhão é vendida por R$ 50 milhões por falta de lances em Salvador
Pedra preciosa foi arrematada por apenas 5% do valor estipulado nesta quarta-feira (11)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.