Casal aborta gêmeos e luta para escolher sexo do bebê

Um casal australiano desesperado para ter uma filha entrou na Justiça local com um pedido para poder escolher o sexo de um bebê gerado por inseminação artificial. O casal, que já tem três filhos homens, chegou a abortar uma gravidez de gêmeos, gerada também por inseminação artificial, ao descobrir que os dois bebês eram do […]

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Um casal australiano desesperado para ter uma filha entrou na Justiça local com um pedido para poder escolher o sexo de um bebê gerado por inseminação artificial.

O casal, que já tem três filhos homens, chegou a abortar uma gravidez de gêmeos, gerada também por inseminação artificial, ao descobrir que os dois bebês eram do sexo masculino.

Eles tiveram uma filha que morreu pouco após o nascimento e dizem que querem ter a oportunidade que lhes foi negada pelo acontecimento trágico.

As leis do Estado australiano de Victoria proíbem a escolha do sexo da criança em inseminações artificiais.

Assim como no Brasil, a legislação local somente permite a escolha do sexo do bebê em caso de riscos graves associados à transmissão de doenças genéticas associadas a um determinado sexo.

Pedido rejeitado

O casal australiano decidiu recorrer ao Tribunal Civil e Administrativo de Victoria após ter tido um pedido rejeitado por um painel independente, ligado ao Ministério da Saúde, para decidir sobre questões de ética médica.

A Justiça já decidiu que tem o poder de alterar, se necessário, a decisão do painel, mas deverá julgar o pedido do casal somente em março.

Em declarações publicadas pelo diário australiano The Herald Sun, o casal, que prefere se manter no anonimato, afirmou que a decisão de terminar a gestação dos gêmeos foi traumática, mas que eles não se arrependem porque não podem continuar tendo um número ilimitado de filhos até conseguir gerar uma menina.

A mulher, na faixa dos 30 e poucos anos, admitiu ter ficado obcecada com o desejo de ter uma menina e disse que isso se tornou necessário para a manutenção de sua saúde psicológica.

O Ministério da Saúde australiano confirmou o caso à BBC Brasil, mas não deu mais detalhes.

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