Brasil quer atingir meta de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de pessoas até 2015

O governo brasileiro pretende alcançar, até 2015, a taxa de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes. Atualmente, o índice é 11,1 doadores para cada 1 milhão de pessoas, totalizando cerca de 2 mil doações por ano. Na última terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi lançada a campanha Seja […]

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O governo brasileiro pretende alcançar, até 2015, a taxa de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes. Atualmente, o índice é 11,1 doadores para cada 1 milhão de pessoas, totalizando cerca de 2 mil doações por ano. Na última terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi lançada a campanha Seja um Doador de Órgãos, Seja um Doador de Vidas.

O objetivo, de acordo com o Ministério da Saúde, é conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para aumentar o número de transplantes no país. Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Ben-Hur Ferraz-Neto, é possível alcançar a meta definida pela pasta, desde que as ações e os investimentos necessários sejam feitos de forma planejada e estruturada.

Uma das iniciativas apoiadas pelo especialista é a capacitação de pessoas que trabalham na captação de órgãos. “Elas vão conversar com os familiares, vão ser formadoras de opinião dentro de um hospital e do seu próprio bairro. Precisam ser pessoas preparadas para isso, que tenham respostas e passem a informação de forma detalhada e segura.”

Outra sugestão é abordar o tema da doação de órgãos nas faculdades de saúde, incluindo o assunto em currículos de medicina, enfermagem e psicologia, por exemplo. Ferraz-Neto destacou ainda a importância de esclarecer a população sobre o que é morte encefálica ou morte cerebral – situação em que os batimentos cardíacos são mantidos via aparelhos apenas para manter o fluxo sanguíneo em órgãos que podem ser doados.

“As pessoas precisam receber essa informação no dia a dia, conhecer o processo e passar a ter confiança antes de estar diante da situação de um parente morto e com o coração batendo. Naquele momento de dor, é sempre mais difícil receber a informação, conseguir processá-la e deixar o medo para trás.”

 No Brasil, a doação de órgãos precisa ser autorizada pela família do doador – sem a necessidade de um documento assinado pela pessoa que morreu. Em 2010, 1.896 órgãos foram doados.

A projeção para este ano, segundo o ministério, é que o número passe para 2.144 – um aumento de 13%. Já estimativa de transplantes para 2011 é 23 mil, contra 21.040 em 2010. Do total de transplantes no país, 95% são feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita. O número de pessoas aguardando um órgão atualmente chega a 36 mil.

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