Astrônomos descobrem galáxia mais distante do Universo
Um grupo de astrônomos descobriu o que pode ser a galáxia mais distante detectada até o momento, situada a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz da Terra (124 quatrilhões de quilômetros), revelou um estudo publicado pela revista científica Nature. Uma equipe de astrônomos que analisava as imagens cósmicas registradas pelo telescópio espacial Hubble aumentou seu […]
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Um grupo de astrônomos descobriu o que pode ser a galáxia mais distante detectada até o momento, situada a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz da Terra (124 quatrilhões de quilômetros), revelou um estudo publicado pela revista científica Nature.
Uma equipe de astrônomos que analisava as imagens cósmicas registradas pelo telescópio espacial Hubble aumentou seu alcance até 480 milhões de anos após o surgimento do Universo, quando ele tinha 4% de sua idade atual.
“Estamos nos aproximando das primeiras galáxias, que achamos que foram formadas entre 200 e 300 milhões de anos depois do surgimento do Universo”, contou Garth Illingworth, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo.
Em sua pesquisa, Illingworth e Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden, na Holanda, usaram dados reunidos pela câmera WFC3 (Wide Field Camera 3) do Hubble. A partir deles, os astrônomos observaram as mudanças que se produziram nas galáxias de 480 milhões a 650 milhões de anos depois do surgimento do Universo.
A equipe observou que a taxa de nascimento das estrelas no universo aumentou cerca de dez vezes durante esse período de 170 milhões de anos, o que Illingworth considerou um “aumento assombroso em um período de tempo tão curto, somente 1% da idade atual do universo”.
Os astrônomos também registraram mudanças significativas no número de galáxias detectadas. Illingworth explicou que as buscas anteriores tinham encontrado 47 galáxias quando o universo tinha cerca de 650 milhões de anos, acrescentando que “o Universo está mudando muito rapidamente em um período de tempo muito curto”.
Por sua vez, Bouwens afirmou que os resultados dos estudos são consistentes com a imagem hierárquica da formação das galáxias, segundo a qual essas cresceram e se uniram sob a influência gravitacional da matéria escura.
Para chegar à nova descoberta, os astrônomos calcularam a distância de um objeto no espaço com base em seu “deslocamento rumo ao vermelho”, fenômeno que ocorre quando a radiação eletromagnética – normalmente, a luz visível – que se emite de um objeto tende ao vermelho no final do espectro.
Sua medida é considerada pela comunidade astronômica internacional como o procedimento mais confiável para calcular distâncias espaciais. A galáxia recém-descoberta alcançou um nível provável de redshift (desvio rumo ao vermelho) de 10,3 pontos.
Os especialistas acrescentaram que a galáxia em questão é pequena se for comparada às enormes já vistas no universo, como a Via Láctea, pelo menos cem vezes maior.
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