Sydney às escuras dá início à operação “Hora do Planeta”

A Austrália iniciou neste sábado a operação mundial “Hora do Planeta”, destinada a lutar contra o aquecimento climático com um apagão que deixou às escuras a Ópera e a ponte de Sydney e na qual participaram milhões de australianos. As sirenes das embarcações do porto de Sydney deram o sinal para o início do apagão, […]

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A Austrália iniciou neste sábado a operação mundial “Hora do Planeta”, destinada a lutar contra o aquecimento climático com um apagão que deixou às escuras a Ópera e a ponte de Sydney e na qual participaram milhões de australianos.

As sirenes das embarcações do porto de Sydney deram o sinal para o início do apagão, que começou às 20h30 local.

Centenas de locais mundialmente famosos, como o Cristo Redentor, a Torre Eiffel ou a Cidade Proibida, ficarão às escuras neste sábado durante a operação organizada pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza).

Esta quarta edição, que acontece três meses depois do fracasso da cúpula do clima de Copenhague, promete ser a mais seguida, com 125 países participantes ante os 88 do ano anterior, anunciaram os organizadores.

“A acolhida dada à ‘Hora do Planeta’ foi imensa. A taxa de resposta é muito superior ao ano passado”, afirmou com satisfação o fundador do movimento, Andy Ridley.

“Supõe-se que a operação ‘Hora do Planeta’ vai ultrapassar as fronteiras geográficas e econômicas”, acrescentou.

O movimento nasceu em Sydney em 2007, quando 2,2 milhões de pessoas permaneceram às escuras durante 60 minutos para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo excessivo de eletricidade e a poluição por dióxido de carbono.

Muitas multinacionais como o Google, Coca-Cola, Hilton, McDonalds, Canon, HSBC ou Ikea aceitaram participar no apagão pelo bem do planeta.

Sydney será, pela diferença horária, a primeira a mergulhar na escuridão. Depois as luzes serão apagadas nas Pirâmides do Egito, na Fontana de Trevi e na Torre de Pisa, na Itália, ou na Torre Eiffel, de Paris.

No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor permanecerá às escuras e a prefeitura organiza várias atividades como um vigília à luz de velas na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Em Pequim, a Cidade Proibida e o emblemático Ninho do Pássaro, estádio dos Jogos Olímpicos de 2008, também ficarão às escuras. Estes apagões adquirem um significado especial neste país, símbolo de um crescimento econômico fulgurante acompanhado de uma contaminação que ostenta o título de maior poluente do mundo.

No Japão, o Memorial da Paz de Hiroshima participará na operação enquanto que os grupos Sony, Sharp e Asahi apagarão suas luzes em Tóquio.

Em Dubai, a Burj Khalifa, a maior torre do mundo, sumirá na escuridão.

Em dezembro, a Conferência de Copenhague, sob patrocínio da ONU, desembocou em um acordo de mínimos entre 30 países, dos 192 participantes.

O acordo fixa como objetivo limitar a dois graus a elevação média da temperatura do planeta, mas é impreciso sobre como se conseguirá ao não cifrar objetivos a curto prazo (2020) nem a médio (2050).

Os grandes países em desenvolvimento, como a China e a Índia, se negam a aceitar obrigações vinculantes e consideram que os objetivos dos países industrializados estão muito longe de sua responsabilidade na poluição do planeta.

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