Serpente reaparece em quadro da rainha Elizabeth I

Uma serpente incluída originalmente em um retrato da rainha Elizabeth 1a pintado no século 16, mas que foi coberta com uma camada de tinta pouco depois, “reapareceu”, anunciou a National Portrait Gallery (Galeria Nacional de Retratos), de Londres, nesta quinta-feira. A degradação do quadro provocada pelo tempo revelou que a monarca foi pintada originalmente segurando […]

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Uma serpente incluída originalmente em um retrato da rainha Elizabeth 1a pintado no século 16, mas que foi coberta com uma camada de tinta pouco depois, “reapareceu”, anunciou a National Portrait Gallery (Galeria Nacional de Retratos), de Londres, nesta quinta-feira.

A degradação do quadro provocada pelo tempo revelou que a monarca foi pintada originalmente segurando uma cobra, cujo contorno agora voltou a ser visível na obra, pintada por um artista desconhecido e que data dos anos 1580 ou início da década seguinte.

No último minuto, porém, a imagem da serpente foi coberta, e a rainha foi retratada segurando, em vez disso, um pequeno ramalhete de rosas.

A galeria disse que não sabe ao certo a razão da modificação, mas sugeriu que talvez tenha sido a ambiguidade do significado carregado pelo símbolo da serpente.

Ao mesmo tempo em que uma serpente às vezes era usada para representar sabedoria, prudência e julgamento arrazoado, todos atributos compatíveis com uma rainha, as serpentes, na tradição cristã, também simbolizavam Satanás e o pecado original.

O retrato, que não esteve exposto na galeria nos últimos quase 80 anos, faz parte de uma nova exposição intitulada “Oculta e Revelada: As Faces Cambiantes de Elizabeth 1a”, que ficará aberta entre 13 de março e 26 de setembro.

A mostra inclui quatro retratos que datam desde a década de 1560 até pouco após a morte da rainha, em 1603, sendo que todos mudaram de aparência de alguma maneira desde a época em que foram pintados.

Técnicas científicas avançadas ajudaram a trazer pistas sobre qual teria sido sua aparência original.

O retrato de Elizabeth segurando a serpente, por exemplo, foi pintado sobre a imagem inacabada de uma mulher desconhecida, mostrando como, no século 16, painéis às vezes eram reutilizados e reciclados por artistas.

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