Prefeito afastado confirma ajuda de Uemura durante campanha

O prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, negou todas as acusações em depoimento na manhã desta quinta-feira (11) no processo desencadeado pela Operação Owari da Polícia Federal no ano passado. Artuzi e outros dez réus depuseram no Tribunal de Justiça, e são acusados por vários crimes, entre eles formação de quadrilha e fraudes à licitação […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, negou todas as acusações em depoimento na manhã desta quinta-feira (11) no processo desencadeado pela Operação Owari da Polícia Federal no ano passado. Artuzi e outros dez réus depuseram no Tribunal de Justiça, e são acusados por vários crimes, entre eles formação de quadrilha e fraudes à licitação pública.

Artuzi chegou à sede do TJ-MS por volta das 8h30 e ficou por cerca de uma hora no local. O depoimento durou pouco mais de 30 minutos. À justiça, o prefeito negou qualquer participação em supostos esquemas de corrupção ou tentativa de fraude em licitações do terminal rodoviário da cidade e do sistema de fornecimento de água.

O advogado de defesa, Carlos Marques, disse que não há qualquer indicativo de fraude às licitações na prefeitura de Dourados. Artuzi foi questionado se teria recebido dinheiro da família Uemura para manter sua campanha eleitoral em 2008. O prefeito reconheceu em depoimento que recebeu contribuição em combustível, como consta de sua contabilidade apresentada à Justiça Eleitoral.

Outra alegação é de que os Uemura teriam pago uma passagem aérea a Artuzi, para que ele fosse verificar a situação de uma empresa de água. O advogado afirmou que o prefeito pagou as despesas de viagem com dinheiro próprio.

Marques explicou que, no entendimento de Artuzi, a Sanesul cobrava taxas de água e esgoto elevadas na cidade, e isso o motivou a assumir o compromisso eleitoral de discutir esses valores. “Assumiu, foi discutir, não encontrou abertura na Sanesul”, disse o advogado. Por isso, Artuzi procurou conhecer a realidade de outras cidades brasileiras para apresentar alternativas à concessionária.

Já em relação ao terminal rodoviário de Dourados, o advogado disse que sequer foi aberta licitação para obras no local. O que houve foram apenas tratativas para uma abertura de processo licitatório de modernização do terminal.

Carlos Marques assistiu a todos depoimentos de hoje (11), já que havia a possibilidade de uma resposta comprometer a defesa dos demais clientes. Ele acredita que a absolvição de Artuzi é certa. “Os depoimentos hoje demonstraram que não há qualquer prova”, afirmou o advogado. Agora a justiça deve ouvir as testemunhas de acusação para dar continuidade ao processo.

Conteúdos relacionados