Perícia será colocada à prova no julgamento do casal Nardoni

 

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O início do julgamento do casal casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. atrasou em mais de uma hora. Previsto para ter início às 13 horas, o julgamento foi atrasado, segundo informações da rádio Jovenm Pan, por causa do atraso na chegada de algumas testemunhas. Terminou por volta das 16 horas o sorteio dos sete jurados. O júri que decidirá se os Nardonis são culpados ou inocentes pela morte da menina Isabella, atirada do 6º andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, em 29 de março de 2008, será composto por quatro mulheres e três homens.

Duas mulheres foram recusadas – uma pela defesa e outra pelo Ministério Público. Dos 40 jurados convocados, 28 compareceram. Após o sorteio, houve um intervalo de 30 minutos para almoço. Em seguida, depois de uma pausa de 30 minutos para almoço, teve início a leitura do processo. A primeira peça do processo a ser lida foi a denúncia do Ministério Público. A próxima etapa será o início dos depoimentos.

A imprensa só poderá entrar na sala do júri quando a primeira testemunha, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, começar a ser ouvida. Foram dispensadas seis testemunhas de defesa, das quais seis eram policiais que atenderam á ocorrência. Segundo a Ag~encia Estado, as testemunhas dispensadas pelos Nardonis foram: Paulo Vasan Geu (escrivão de polícia do 9º DP), Luiz Alberto Spínola de Castro (investigador do 9º DP), Claudio Colomino Mercado (agente do 9º DP), Adriana Mendes da Costa Porusselli (escrivã do 9º DP), Walmir Teodoro Mendes (investigador do 35º DP) e Geralda Afonso Fernandes. Também foram dispensadas uma vizinha do casal Nardoni, que teria ouvido gritos da vítima Isabela. Outra testemunha dispensada foi a avó materna da vítima.

Adiamento negado

O juiz Maurício Fossen, negou o pedido da defesa para adiar a sessão de julgamento. De acordo com a Rede Globo, a testemunha que não havia sido localizada, o pedreiro Gabriel Neto, foi um dos primeiros a chegar ao fórum de Santana, em São Paulo.

Como o pedreiro não havia sido encontrado até o final da semana passada, defesa e acusação tinham a expectativa de um adiamento do júri, a fim de evitar uma eventual nulidade.

A expectativa é que o juolgamento dure de quatro a cinco dias. Os jurados irão dormir e fazer as frefeições no fórum. Eles não podem ler jornal, assistir TV, ouvir rádio e ter acesso á internet. Todas as comunicações dos jurados com familiares por telefone terão de ser feitas na presença de um policial, para evitar a quebra de sigilo.

Defesa aposta na dúvida

Cerca de 6 mil pessoas se inscreveram para uma das 57 vagas reservadas ao público na 2ª Vara do Júri de São Paulo, no Fórum de Santana, zona norte. Defesa e acusação concordam que a capacidade dos sete jurados de compreender laudos e exames sofisticados será decisiva para o veredicto do julgamento. Há quem duvide da capacidade dos jurados de compreender os termo técnicos.

A defesa do casal não contestará fatos apontados pela perícia, como as manchas de sangue no apartamento e a falta de sinais de arrombamento. Mas se concentrará nas interpretações desenvolvidas pelos peritos da Polícia Civil. “Talvez não possa demonstrar a inocência deles, embora acredite nela, mas não se pode, da mesma maneira, ter certeza da culpa do casal”, afirmou o criminalista Roberto Podval, defensor dos Nardonis.

Embora não admita, a defesa colocará dúvidas nos laudos técnicos porque não houve a preservação da cena do crime. A defesa apresentou laudos divergente, e insiste que o laudo que revelou a presença de sangue no caso do casal não é conclusivo.

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