Nova moda em Campo Grande, consumo de sushi deve ter atenção redobrada

Ingredientes usados na comida típica japonesa precisam ser armazenados corretamente antes do preparo. Risco de intoxicação é maior no caso do peixe, que é consumido in natura.

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Ingredientes usados na comida típica japonesa precisam ser armazenados corretamente antes do preparo. Risco de intoxicação é maior no caso do peixe, que é consumido in natura.

Restaurantes de comida japonesa são a nova moda em Campo Grande. Apenas nos últimos meses foram inauguradas pelo menos seis lojas, que oferecem pratos variados e coloridos – como manda a tradição oriental.

A “estrela” do cardápio é o sushi, com suas diferentes combinações e formas de preparo. Normalmente acompanhado de wasabi (raiz forte) e shoyu (molho de soja), o sushi leva arroz, peixe cru, vegetais ou frutas. E é sobre esse ingrediente, o peixe cru, que o consumidor deve ter atenção redobrada.

Confira os principais tipos de sushi

O sushiman Edinaldo Carneiro, com 20 anos de experiência em cozinha, diz que a preparação correta do peixe é o segredo para um sushi de qualidade. O salmão está na base da culinária japonesa, e um restaurante chega a consumir diariamente 20 quilos desse peixe.

“O salmão vem fresco e sem vísceras. A limpeza e o corte em filés é feita na cozinha. A temperatura ideal de conservação é de 4 a 5 graus”, explica o sushiman. Nessas condições, o salmão resiste até uma semana em refrigeração.

Para evitar o consumo de peixe estragado e eventuais riscos à saúde, Edinaldo recomenda que o consumidor procure estabelecimentos com pessoas qualificadas. “Um bom sushiman pode levar até cinco anos para se qualificar. O erro é inadmissível na culinária”, afirma.

A vigilância sanitária municipal está atenta ao cumprimento das regras de manipulação de alimentos por parte de restaurantes, fábricas, açougues e peixarias. O chefe do serviço de fiscalização alimentar em Campo Grande, Milton Zaleski, diz que o peixe cru requer maior atenção, já que não passa por nenhum tratamento.

“Nós fazemos fiscalizações de rotina e atendemos a reclamações e denúncias. O consumo de alimentos contaminados pode trazer problemas à saúde, como diarréia, cólicas e dor de cabeça”, afirma Zaleski. Ele explica que a partir de denúncias, a vigilância sanitária vai ao local e coleta amostras, que são submetidas à análise de laboratório. Constatada a contaminação, o estabelecimento pode ser multado em até R$ 11 mil.

Salmão era transportado sem nota fiscal

Com o aumento na demanda por salmão nos restaurantes, cresce a fiscalização da Secretaria Estadual de Receita contra a sonegação de impostos. Recentemente, durante blitz em Campo Grande, uma equipe móvel de agentes tributários flagrou um carregamento de 60 quilos de salmão sendo transportado sem nota fiscal.

O transporte de mercadoria sem nota fiscal pode gerar multa de 50% sobre o valor do produto. Mas se o imposto for pago durante a blitz, é dado desconto de 70% sobre a notificação.

O proprietário da carga, Adriano Correia do Nascimento, foi chamado ao local e apresentou a nota fiscal, mas não escapou da notificação porque o documento não estava com o motorista no ato do transporte. O comerciante admitiu que houve erro, e explicou que era feita a transferência da mercadoria entre as lojas da empresa. Ele garantiu possuir todas as notas fiscais e a procedência de origem como sendo de indústrias em São Paulo.

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