Militantes do PT escolhem Agnelo candidato ao DF

O Partido dos Trabalhadores (PT) do Distrito Federal realizou neste domingo (21) uma consulta prévia aos seus filiados sobre o próximo candidato da legenda ao governo do Distrito Federal. Segundo a assessoria de imprensa do PT no DF, os militantes escolheram o ex-ministro Agnelo Queiroz como candidato às eleições de 2010 para o governo local. […]

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O Partido dos Trabalhadores (PT) do Distrito Federal realizou neste domingo (21) uma consulta prévia aos seus filiados sobre o próximo candidato da legenda ao governo do Distrito Federal.

Segundo a assessoria de imprensa do PT no DF, os militantes escolheram o ex-ministro Agnelo Queiroz como candidato às eleições de 2010 para o governo local.

Queiroz, que teve 56,6% dos votos válidos, concorreu com o deputado Geraldo Magela, que obteve 43,3% dos votos.

Estavam aptos a votar cerca de 30 mil filiados ao partido no DF, mas a assessoria de imprensa informou que 8.355 pessoas votaram. Foram registrados 21 votos brancos e 91 nulos. O PT disponibilizou 20 locais de votação em todas as cidades do Distrito Federal, onde foram instaladas urnas eletrônicas.

Crise política

As prévias do PT aconteceram em meio à forte crise política em que mergulhou o governo do Distrito Federal nos últimos meses. Com o governador José Roberto Arruda (DF) preso desde 11 de fevereiro e cassado, em função de denúncias de corrupção, e tendo o vice Paulo Octávio renunciado, atualmente o cargo está sendo ocupado pelo deputado Wilson Lima (PR).

Na quarta-feira (18), a Câmara Legislativa do DF aprovou em primeiro turno emenda que permite eleição indireta para governador e vice em caso de vacância dos cargos nos últimos dois anos de mandato. Para valer, a nova lei ainda precisa ser aprovada em segundo turno pelo plenário, com votos de dois terços dos deputados distritais.

O caso

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília foi revelado no dia 27 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora e desmantelou um suposto esquema de pagamento de propina que envolveria o ex-governador do DF, seu então vice, Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM), além de deputados distritais, secretários de governo e empresários.

Por suspeita de tentar subornar uma testemunha do inquérito que investiga o escândalo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Arruda foi preso e afastado do cargo. Ele completou em 13 de março um mês de prisão na superintendência da Polícia Federal. Não está totalmente afastada a possibilidade de uma intervenção federal no DF.

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