Líder do DEM diz que chance de troca de vice de Serra ‘é zero’
O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC), classificou de “absurdo jurídico e político” especulações veiculadas na imprensa de troca na vice da chapa de José Serra (PSDB) à Presidência para facilitar uma aliança com o PV no segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto. “Esse assunto não está em discussão […]
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O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC), classificou de “absurdo jurídico e político” especulações veiculadas na imprensa de troca na vice da chapa de José Serra (PSDB) à Presidência para facilitar uma aliança com o PV no segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto.
“Esse assunto não está em discussão e não estará em discussão”, garantiu o deputado à Reuters por telefone. “Isso é um absurdo jurídico, porque você não pode incluir um partido na coligação. Acima de tudo, é um absurdo político.”
No final da noite de domingo surgiram especulações de que a campanha de Serra consideraria trocar o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice na chapa de Serra, pela candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, ou pelo candidato verde derrotado na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira.
Os quase 20 milhões de votos dados a Marina foram cruciais para a eleição não ser decidida no domingo em favor da candidata governista, Dilma Rousseff (PT).
INCLUIR, NÃO SUBSTITUIR
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral, a legislação afirma que pode haver renúncia de um candidato a vice, mas que sua substituição deve acontecer, preferencialmente, por uma pessoa do mesmo partido do desistente.
Caso a legenda abra mão de indicar um nome, o substituto teria de vir necessariamente de um partido que compõe a coligação. A assessoria do TSE ressalvou, no entanto, que a legislação é passível de interpretação pela corte.
Uma terceira hipótese ventilada após o anúncio de que Serra e Dilma disputarão o segundo turno da eleição presidencial foi de que o ex-governador mineiro Aécio Neves, que no domingo se elegeu senador pelo Estado, passasse a ocupar a vaga de vice.
“A chance é zero. Zero!”, enfatizou Bornhausen quando questionado se poderia haver uma troca dentro da coligação. “Se vier com esse assunto para dentro do Democratas, vai pegar fogo”, alertou, ressalvando não acreditar que membros da campanha de Serra considerem essa possibilidade.
Bornhausen avaliou que a campanha de Serra tem agora de se preocupar em incluir os candidatos da coligação que saíram vitoriosos das urnas no domingo e integrantes de fora da aliança que apoia Serra.
“Incluir que eu digo é incluir na campanha, nas decisões”, disse.
“Nós precisamos incluir o PV”, disse, se referindo à legenda que deve ser a mais cortejada por Serra e Dilma, após a votação expressiva de Marina na eleição de domingo.
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