Juiz suspende júri do caso Isabella; julgamento será retomado nesta terça

O juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, encerrou por volta das 21h52 desta segunda-feira o primeiro dia do júri do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados pela morte da menina Isabella, 5 –filha de Alexandre. O julgamento, que ocorre no fórum de Santana (zona norte de São Paulo), será retomado na […]

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O juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, encerrou por volta das 21h52 desta segunda-feira o primeiro dia do júri do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados pela morte da menina Isabella, 5 –filha de Alexandre. O julgamento, que ocorre no fórum de Santana (zona norte de São Paulo), será retomado na manhã desta terça (23).

O júri começou às 14h17, com aproximadamente uma hora de atraso. A primeira etapa foi o sorteio dos sete jurados –quatro mulheres e três homens compõem o conselho de sentença. Cinco dos jurados participam de um júri pela primeira vez.

A defesa do casal Nardoni voltou a pedir o adiamento do júri, o que foi negado pelo juiz.

Inicialmente, 23 testemunhas haviam sido convocadas. No entanto, 16 devem ser ouvidas –seis foram dispensadas pela defesa e outra –a avó materna de Isabella–, pela acusação.

A primeira testemunha ouvida –de acusação– foi Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella. Ela chorou em ao menos três momentos. Ela foi ouvida pela acusação e pede defesa. Ana Carolina Oliveira deverá permanecer em instalações da Justiça até o fim do júri, a pedido da defesa do casal Nardoni.

Alexandre e Anna Carolina acompanham o depoimento da mãe de Isabella. Foi a primeira vez que os três se encontram desde que o casal foi preso.

Na terça-feira devem ser ouvidas uma outra testemunha de acusação e as testemunhas de defesa. Os réus serão interrogados após os depoimentos. A expectativa é que o júri termine no final desta semana.

Público e manifestantes

O julgamento atraiu manifestantes e estudantes de direito de outros Estados. Por volta das 19h, um grupo de quatro estudantes do terceiro ano de direito em Salvador (BA) aguardavam a possibilidade de entrar no plenário do 2º Tribunal do Júri para acompanhar a sessão –eles desembarcaram hoje em São Paulo. Uma das estudantes, Maria da Purificação Guimarães dos Santos, afirma que pretende permanecer no local, na tentativa de assistir ao júri.

Pela manhã, diversas pessoas foram ao fórum para manifestar.

Um dos grupos que protestava era o Euvi (Encontro Unificado de Vítimas de Impunidade), fundado pelos pais de Emily de Araújo, 13, morta a tiros durante um assalto em São Vicente (litoral de SP), em maio de 2007. Com vizinhos e amigos, que acompanham o caso Isabella há quase dois anos, eles fazem um abaixo-assinado para pedir mudanças no Código Penal.

De acordo com Wilson Caetano de Araújo, 51, pai de Emily e fundador do grupo, o abaixo-assinado pede “o fim do tempo máximo de reclusão, que hoje é de 30 anos”.

No começo da noite, sob chuva fraca, o movimento era menor em frente ao prédio.

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