Jovens que já estão no tráfico procuram Exército
Jovens que trabalham para o tráfico de drogas, mas que têm ficha limpa na polícia costumam ingressar na carreira militar para apreender técnicas de invasão e camuflagem e, logo em seguida, retornam para o crime mais preparados. A denúncia foi feita à reportagem do R7 por um integrante da Associação de Veteranos da Brigada Paraquedista. […]
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Jovens que trabalham para o tráfico de drogas, mas que têm ficha limpa na polícia costumam ingressar na carreira militar para apreender técnicas de invasão e camuflagem e, logo em seguida, retornam para o crime mais preparados. A denúncia foi feita à reportagem do R7 por um integrante da Associação de Veteranos da Brigada Paraquedista.
O sentido inverso ao dos militares que abandonam o Exército para ingressar no crime, porém, é menos frequente, afirma ele, que acrescenta: após os sete anos de serviço militar, muitos paraquedistas encontram dificuldade em conseguir emprego e, com o assédio dos criminosos, passam para o tráfico.
– Muitos, por serem “cabeça fraca” e de péssima índole, acabam entrando para o crime
Até mesmo militares da ativa se envolvem com o tráfico. Em dezembro, dois paraquedistas da ativa foram presos suspeitos de roubar um fuzil Parafal do Destacamento de Saúde Paraquedista, na zona oeste carioca. A arma, segundo as investigações, seria vendida a traficantes da favela Faz Quem Quer, em Turiaçu, na zona norte, por R$ 30 mil.
A promotora Ana Cristina da Silva, da 4ª Auditoria do Ministério Público Militar no Rio de Janeiro, disse que, pelo fato de muitos jovens alistados no serviço militar serem de comunidades carentes, é possível que eles sejam cooptados por traficantes. Ana Cristina não soube, porém, dizer se são muitos ou poucos os casos desse tipo porque, após os suspeitos se tornarem ex-militares, o órgão não tem mais contato com eles.
– Deveria haver um programa da administração federal para esses jovens que deixam as Forças Armadas. Eles entram com 18 e saem de lá, com 26, 27 anos. A maioria não tem emprego e cada um segue o seu caminho.
O R7 procurou a Secretaria de Segurança Pública do Rio para que comentasse o caso. Em 2007, após a prisão do traficante “Marcelo PQD”, o secretário José Mariano Beltrame afirmou que procuraria as Forças Armadas para discutir a situação dos combatentes que deixam o serviço militar, mas, segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o assunto não evoluiu.
O sentido inverso ao dos militares que abandonam o Exército para ingressar no crime, porém, é menos frequente, afirma ele, que acrescenta: após os sete anos de serviço militar, muitos paraquedistas encontram dificuldade em conseguir emprego e, com o assédio dos criminosos, passam para o tráfico.
– Muitos, por serem “cabeça fraca” e de péssima índole, acabam entrando para o crime
Até mesmo militares da ativa se envolvem com o tráfico. Em dezembro, dois paraquedistas da ativa foram presos suspeitos de roubar um fuzil Parafal do Destacamento de Saúde Paraquedista, na zona oeste carioca. A arma, segundo as investigações, seria vendida a traficantes da favela Faz Quem Quer, em Turiaçu, na zona norte, por R$ 30 mil.
A promotora Ana Cristina da Silva, da 4ª Auditoria do Ministério Público Militar no Rio de Janeiro, disse que, pelo fato de muitos jovens alistados no serviço militar serem de comunidades carentes, é possível que eles sejam cooptados por traficantes. Ana Cristina não soube, porém, dizer se são muitos ou poucos os casos desse tipo porque, após os suspeitos se tornarem ex-militares, o órgão não tem mais contato com eles.
– Deveria haver um programa da administração federal para esses jovens que deixam as Forças Armadas. Eles entram com 18 e saem de lá, com 26, 27 anos. A maioria não tem emprego e cada um segue o seu caminho.
O R7 procurou a Secretaria de Segurança Pública do Rio para que comentasse o caso. Em 2007, após a prisão do traficante “Marcelo PQD”, o secretário José Mariano Beltrame afirmou que procuraria as Forças Armadas para discutir a situação dos combatentes que deixam o serviço militar, mas, segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o assunto não evoluiu.
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