Índios ocupam prédio da Funai e pedem queda do administrador em Campo Grande

Manifesto pegou servidores do órgão de surpresa; eles acharam que os índios foram lá para assistir jogo do Brasil hoje à tarde

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Manifesto pegou servidores do órgão de surpresa; eles acharam que os índios foram lá para assistir jogo do Brasil hoje à tarde

Um grupo de índios terena vindos de aldeias construídas aos arredores da cidade Miranda ocupou nesta manhã o prédio da Funai, em Campo Grande.

Um dos manifestantes disse que o protesto pede a saída do atual administrador do órgão, Joãozinho da Silva. Servidores do local achavam inicialmente que os índios, que vieram para a cidade num microonibus tinham ido até o prédio para assistir ao jogo do Brasil contra o Chile, pelas oitavas de final, nesta tarde.

Depois, contudo, eles perceberam a causa do movimento. A razão da retirada de Silva ainda não foi revelada pelos índios. Extraoficialmente, o manifesto teria motivação política. Protestos no prédio da Funai, em Campo Grande, é um rotina repetida a cada semestre.

Em novembro de 2008, o administrador Claudionor Miranda foi afastado por suposta prática de fraude financeira. No lugar dele assumiu interinamente em dezembro daquele ano o servidor de carreira da Funai, Jorge das Neves, que durou apenas três meses no cargo.

Embora o curto mandato, Neves enfrentou duas ocupações, numa delas levou um soco no rosto de um índio de Aquidauana. A Funai mandou um servidor de Brasília para Campo Grande, depois, na metade do ano passado, nomeou Joãozinho da Silva, que chefiava o Serviço de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente da Funai, em Campo Grande.

De lá para cá, os servidores da Funai, em Campo Grande, enfrentaram mais três protestos, todos por mudanças na administração.

A Funai em Campo Grande cuida dos interesses de ao menos 40 mil índios que habitam aldeias situadas em oito cidades de Mato Grosso do Sul.

 

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